segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Glauco será homenageado na Câmara Municipal de SP



O cartunista e músico Glauco Vilas Boas, paranaense de Jandaia do Sul, será homenageado pelos vereadores Penna (PV) e Cláudio Fonseca (PPS) com o Título de Cidadão Paulistano “in memoriam”, no dia 1º de dezembro, a partir das 19 horas, no salão nobre da Câmara Municipal de São Paulo.

Glauco ficou conhecido por meio de seus personagens marcantes, como Geraldão, Casal Neuras, Zé do Apocalipse, Dona Marta, Geraldinho, publicados diariamente em tirinhas no jornal Folha de São Paulo.

Sua carreira de cartunista começou nos anos 70, no Diário da Manhã de Ribeirão Preto, com a tira Rei Magro e Dragolino. Em 1976 foi premiado no Salão de Humor de Piracicaba, que o projetou para a grande imprensa.

Junto com outros dois grandes cartunistas, Angeli e Laerte, Glauco criou os personagens “Los Três Amigos” – Angel Villa, Laerton e Glauquito – caricaturas de si próprios vestidos de mexicanos, que sempre brigam com os Miguelitos.

Além de desenhar, Glauco também tocava guitarra e sanfona e era compositor. É autor de um hinário do Santo Daime, chamado Chaveirinho, utilizado nas cerimônias na igreja Céu de Maria, da qual era o padrinho e criador. Instalada no Pico do Jaraguá, em São Paulo, é a principal representante do Daime na região.

“Conheci o Glauco muitos anos atrás. Propus esta homenagem quando soube da morte trágica deste artista tão querido e com quem convivi lá na Vila Madalena. Gosto muito de seu trabalho, crítico e irreverente, que retrata bem os costumes sócio-culturais de gerações”, disse Penna.

Título de Cidadão Paulistano In Memoriam ao cartunista Glauco

Dia – 1º de dezembro (quarta-feira)

Horário – 19 horas

Local – Salão Nobre da Câmara Municipal de São Paulo (Viaduto Jacareí, 100).

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Preparações para Marcha da Maconha Niteroi

A primeira reunião para realização da marcha da maconha de niterói ocorrerá dia 25/11 (quinta feira) às 19 hrs no DCE da UFF ao lado do Plaza Shoping.

contatos: www.legalizeboldo.blogspot.com 

Divulgando Enteogenia

Insisto que, infelizmente, tem faltado sites brasileiro de enteógenos de alto nível.

Mas não podemos deixar de divulgar aqueles que, mais antigos, muita gente já conhece. Até porque ajudam muita gente a evitar usos irresponsáveis e mesmo muito pesquisador a discutir e ampliar seus pontos de vista.

O site divulgado de hoje é um forum: o Plantas Enteógenas. Forum de longa data e de conteúdo de qualidade indiscutível. De fato é interessante pensar que no meio enteogenico os forums como o Plantas Enteogenas, o forum do Cogumelos Mágicos e mesmo o orkut do Enteogenos sem dogmas sejam espaços, muitas vezes, mais produtivos que muitos sites.

Bem galera clica AI

Documentário sobre o LSD

Bacana, vale a pena ver. Em 5 partes.


terça-feira, 16 de novembro de 2010

Estudantes por uma política de drogas sensatas - sobre a derrota da prop 19

Já traduzimos um panfleto do SSDP (Students for a Sensible Drug Policy) aqui no blog, que fui inclusive divulgado pelo Coletivo Desentorpecendo a Razão. Desta vez o caminho é inverso, uma excelente entrevista concedida pelo SSDP ao Coletico antiproibicionista em questão. Além disso, é novidade o novo site do Coletivo DAR, que vale a pena conferir.

Abaixo a entrevista.

A SSDP (Students for a Sensible Drug Policy – Estudantes para uma política de drogas sensata, como eles mesmo traduzem para o espanhol) surgiu espontaneamente após a realização de um questionário que era parte da seleção para bolsas de estudos ter incluído uma questão sobre uso de drogas como critério de aprovação ou negação das bolsas nos Estados Unidos. De lá para cá, já são 130 núcleos organizados em escolas e universidades através do país que inaugurou a Guerra às drogas em escala local e global, e também ao redor do mundo. De acordo com o site da SSDP, a organização “mobiliza e incentiva jovens a participarem do projeto político, pressionando por políticas sensatas que atinjam um futuro mais seguro e justo, lutando contra as improdutivas políticas de Guerra às drogas, particularmente aquelas que atingem diretamente os jovens”.

Patrick Timmons é membro da direção nacional da SSDP, e responsável pelas relações internacionais da instituição. Morador de São Francisco, esteve diretamente envolvido na campanha pelo SIM no plebiscito que poderia legalizar a maconha na Califórnia, e comentou a vitória do NÃO em entrevista exclusiva ao DAR. Discordando de avaliações positivas como a de Ethan Nadelmann, para quem apenas o plebiscito em si foi uma vitória, Timmons acredita que “perdemos e perdemos grande. 500 mil pessoas ou mais votaram contra a iniciativa, temos muito trabalho se queremos que uma proposta de legalização vença”.

Para começar, conte um pouco sobre sua trajetória e a da SSDP.

Minha formação acadêmica é de historiador. Tenho três níveis de estudos superiores, um é da LSE de Londres, mestrado em Cambridge e doutorado na Universidade do Texas. Em cada lugar e nível estudei a história da América Latina, então em meu trabalho como articulador internacional posso utilizar minha familiaridade com a América Latina. SSDP, ou Estudantes para uma política de drogas sensata, é um movimento de base de estudantes em universidades e escolas em todo o mundo; temos grupos na Colômbia, Austrália, Reino Unido, Canadá e quase contamos com Irlanda e Polônia. Meu trabalho com a SSDP é de apresentar o grupo a estudantes para fora do país, vendo se eles podem formar um grupo. Agora estou enfocado na América Latina.

domingo, 14 de novembro de 2010

Arizona legaliza uso medicinal da maconha

Fonte G1


Referendo no Arizona aprova legalização de maconha medicinal

Fica autorizado o consumo de 70 gramas a cada duas semanas.
Paciente pode plantar erva em casa se morar longe de farmácia autorizada.

Do G1, em São Paulo
no Brasil 
 
A partir deste sábado (13), o uso medicinal de maconha é legal no estado americano do Arizona. A apuração de votos de um referendo sobre o tema terminou neste sábado (13), com a vitória dos apoiadores da proposição 203 ("Arizona Medical Marijuana Act"), que legaliza o consumo de maconha exclusivamente para fins medicinais.

O "sim" venceu por uma diferença de 4.341 votos. Na contagem de votos, o apoio à proposição 203 superou a rejeição pela primeira vez ontem (12).

Com a decisão, o Arizona torna-se o 15º estado americano a permitir o uso medicinal de maconha.
Fica autorizado o consumo de aproximadamente 70 gramas a cada duas semanas.

A cada 10 farmácias, uma poderá vender maconha, contra apresentação de prescrição médica.
Quem mora a 40 quilômetros ou mais da farmácia autorizada mais próxima, poderá plantar maconha, desde que tenha uma receita médica válida.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Enteogenos e Redução de Danos

O "Portas da Percepção", não, não é Silvio Santos, tem rolado toda quinta-feira às 22:00 no Hempadão. É uma colunas sobre enteógenos que escrevo no blog. O último post se refere a enteógenos e redução de danos e é estreitamente relacionado a este blog daqui. Portanto, o link está AQUI

Convido aos leitores a lerem o post e, por que não, pensarmos juntos nas formas de redução de danos em relação ao uso de enteógenos.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Remédio feito à base de maconha pode chegar ao Brasil

O Sativex, remédio feito à base de maconha, pode estar a caminho do Brasil. A empresa farmacêutica britânica GW Pharma revelou ao site de VEJA que iniciou discussões com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a possibilidade de vender o medicamento — indicado para tratar sintomas de esclerose múltipla — no país. "Temos um interesse muito grande no mercado brasileiro e gostaríamos de obter a aprovação para o remédio na América do Sul", afirma Mark Rogerson, relações públicas da empresa. 
Segundo Rogerson, a intenção da empresa é dar início ao processo formal de aprovação do medicamento. Uma comissão da Anvisa já teria visitado os laboratórios onde o Sativex é produzido, na Inglaterra. A unidade brasileira da Bayer Schering Pharma, que comercializa o remédio na Grã-Bretanha, também afirma que está avaliando a possibilidade de lançar o Sativex no Brasil. 
 
De acordo a legislação brasileira, medicamentos que contenham em sua composição extratos da maconha são proibidos, mas a lei também prevê a hipótese de autorização para casos específicos.
 
Liberado para venda pela primeira vez em 2005, no Canadá, o Sativex recentemente ganhou autorização para ser comercializado na Espanha, Nova Zelândia e na própria Grã-Bretanha. O medicamento é usado principalmente para tratar a espasticidade, que são os espasmos musculares causados pela degeneração dos nervos que ocorre por causa da esclerose múltipla.
 
O Sativex usa duas substâncias da planta da maconha, o delta9-tetraidrocanabinol e o canabidiol. Essas substâncias ativam os receptores do cérebro que ajudam a diminuir os sintomas dos espasmos. Segundo a empresa, 50% das pessoas que sofrem com os espasmos causados pela esclerose múltipla apresentaram reações positivas ao remédio. "Não temos outro medicamento tão eficiente para tratar dores nervosas", afirma o psicofarmacologista Elisaldo Carlini, de 80 anos, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e estudioso do uso medicinal da maconha desde os anos 50.
 
A esclerose múltipla atinge 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo. Segundo a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla, não existem dados concretos sobre o número de pacientes no país, mas estima-se que haja ao menos 35.000 casos.
 
Fonte: Veja

domingo, 7 de novembro de 2010

Divulgação

De tempos em tempos divulgamos alguns blogs que tratam da temática substâncias psicoativas, seja pelo viés cultural, informático, religioso, etc. Desta vez vamos falar do PAIRsonnalités-BR, um blog recente, porém bastante atualizado. 

Embora seja atualizado, cabe o adendo: não é um blog que produza textos críticos sobre a informação veiculada, ou seja, acaba sendo bastante "reprodutor", apenas passando as notícias adiante. Embora leia-se "redução de danos" no seu "cabeçalho" não encontramos propriamente um conteúdo veículado ao paradigma da redução de danos.

Feitas as considerações, é mais um veículo que reúne informações, em quantidade, sobre a políticas de drogas brasileira e as informações de apreensões, prisões, entre outras perversões da política de drogas brasileira, que é, como sabemos, uma política anti-democrática.


sábado, 6 de novembro de 2010

Congresso Internacional sobre medicina tradicional e saúde pública

Queridos enteogenicos,

Um enorme congresso abordando a questão do Peiote no México ocorreu na Faculdade de Antropologia da Universidade Nacional Autonoma do México. O evento foi incrível de acordo com o relato feito no site Huellas Estelares. Congressos como este são importantes para fortalecer a cultura popular e milenar de um povo e, afinal, no Brasil mereceriamos um Congresso deste porte sobre a Ayahuasca. Felizmente no Brasil temos um legislação mais branda em relação a Ayahuasca que permite o uso religioso por religiões conveniadas ao SENAD. No México, porém, a legislação permanece sem regulação específica para o Peiote e temos a mesma situação brasileira, isto é, a mescalina, princípio ativo do peiote é proibida.

Confiram no site de Huellas Estelares, vale a pena.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Mais sobre a Prop 19

Desta vez vamos divulgar o texto que saiu na folha e foi divulgado pelo Coletivo DAR. Ampliando o debate.

HÉLIO SCHWARTSMAN – O plebiscito da maconha

SÃO PAULO - Ainda não foi desta vez que os californianos liberaram a maconha. Mas, a julgar pelo resultado deste primeiro plebiscito, no qual a legalização da erva para fins recreativos obteve a adesão de impressionantes 46% dos eleitores, isso acabará ocorrendo em algum momento nos próximos anos.

Desconfio um pouco dessas iniciativas em favor da maconha. Não, ainda não me tornei um membro do Tea Party, um conservador empedernido, daqueles que gostam de fritar estupradores na cadeira elétrica e acham que lugar de viciado é a prisão. Meu problema com esse gênero de proposta é que, ao limitar a discussão à maconha, deixando de lado as outras drogas ilícitas, não promovemos uma abordagem mais racional do problema.

Convenhamos que o “statu quo” não muda muito se liberamos a maconha, mas mantemos a cocaína e as drogas sintéticas proibidas. As supostas vítimas do delito seguiriam fazendo fila à porta do traficante para entupi-lo de dinheiro com o qual corrompe autoridades e financia outras atividades ilegais.

A grande verdade é que a linha proibicionista, que vigora há cem anos, fracassou. Gastamos centenas de bilhões de dólares por ano para manter o consumo mais ou menos estável ao longo da última década -em torno de 5% da população com mais de 15 anos, segundo a ONU. É provável, como querem os proibicionistas, que, sem a repressão, a prevalência fosse maior, mas ninguém sabe ao certo se esse efeito é real nem em que grau ocorreria, pois nenhum país testou ainda a legalização.

O que me faz pender definitivamente para a liberação, mais do que considerações epidemiológicas, é a convicção filosófica de que existem limites para a interferência do Estado na vida do cidadão. Eu pelo menos nunca firmaria um contrato social no qual abriria mão de decidir o que posso ou não ingerir. Esse é um direito que, creio, vem no mesmo pacote do da liberdade de ir e vir e de dizer o que pensa.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Prop 19 negada

Um dia de derrota para os milhões de antiproibicionistas que procuram uma outra política de drogas, que possibilite a superação da atual falta de dignidade dos usuários de substâncias psicoativas tornadas ilícitas. Que supere a carnificina perpetuada pela guerra entre traficantes e policiais, traficantes e traficantes, milicianos e traficantes, etc, etc.. em suma, uma guerra que atinge milhares de civis e que é intolerável, pois solúvel. 

Num post recente no Hempadão foi colocado que a realidade atual na California, onde aconteceu a Prop 19 é completamente distinta da brasileira. Lá, p.ex, os usuários podem portar até 28g de cannabis sem sanções, por conta de liberdades como estas mesmo alguns pequenos growers, considerando a limitação das propostas para os growers, votaram contra a Prop. 19. É importante considerar que vários growers são contra a venda da cannabis, por se tratar da criação de um mercado, logicamente capitalista, de produção e comércio, radicalmente diferente do auto-cultivo que nos lembra muito mais a postura "classicamente libertária" do "Do it yourself", tão consagrada pelo punk.

Penso que a Prop 19, embora possa conter limitações, poderia ser tanto uma solução economica, mas mais ainda uma solução humana (para a resolução da produção e comércio). Por outro lado, 

Deixo vocês abaixo com o post feito no Hempadão que merece nossa consideração. E também um post bastante otimista publicado no Coletivo Desentorpecendo a Razão do Ethan Nadelmann, já citado aqui no blog.

Abraços Antiproibicionistas

Post do Hempadão AQUI

Post de Ethan Nadelmann AQUI