segunda-feira, 31 de maio de 2010

Enquete sobre projeto que susta resolução que permite uso religioso da Ayahuasca

Para votar no site Camara, clique aqui

domingo, 30 de maio de 2010

Linkanias


De tempos em tempos temos aberto um espaço de divulgação de links aqui na parte central do blog, além da "Rede psicoatividade" ao lado que facilita o leitor ao acesso a excelentes blogs ou sites.

Desta vez vamos divulgar dois sites em espanhol, de altíssimo nível.

O primeiro já era de nosso conhecimento, tendo o autor do site entrado em contato conosco a algum tempo. É o site "Onirogenia" que trás excelentes discussões, videos, informações, sobre enteógenos e onirógenos de modo geral.

A outra dica é o site Phantastika do pesquisador espanhol José Carlos Aguirre.

Boas leituras.

Imagem do site: Onirogenia, da artista Martina Hoffmann


Termos de Jonathan Ott e seus significados:


Termos de Jonathan Ott e seus significados:


Reforma Enteogênica


Chamo Reforma Enteogênica a re-conexão do ser humano atual com sua herança cultural mais importante: o nexo com a tradição espiritual de experiência direta com o divino, que têm informado nossa cultura desde suas origens.


Diante dos comentários de Juanjo Pineiro “Nos dizia antes, quando não estávamos gravando, que a religião, ou o que entendemos por religião, é uma estafa” o mesmo Jonathan Ott nos diz:


Bem, usei esta palavra sim; digamos que é um teatro, a religião se baseia em uma comunhão formal, não substancial, com um sacramento placebo e é – tal e como a denomino – uma defesa contra a experiência religiosa ou divina; a religião estabelecida é uma espiritualidade materialista ou materialismo espiritual. Agora estamos reconectando com a verdadeira religião que é a experiência direta do divino, ver o universo mais como energia que como matéria e esta experiência é a que catalisam os enteógenos. Eu vejo os enteógenos mais propriamente como os anticorpos do ecossistema contra o câncer do materialismo. É um movimento muito importante e que está pondo-se de pé; começou faz mais de um século, em dois continentes diferentes, e posteriormente, quando eu já estava em pé, esta Reforma Enteogênica chegou ao mundo ocidental científico através da industria farmacêutica. Só mais tarde, graças ao trabalho de Wasson, se ligou tudo isso em um campo unificado da cultura humana.


Estamos agora por ver as conseqüências deste feito, que vão aparecer proximamente. Eu opino que irão muito além do que há 500 anos com a reforma política e econômica da Igreja de Roma, acrescentado o primeiro contato entre Paleogea e Neogea. Esta mudança que se acerca é muito mais fundamental e importante e vai mudar as coisas proporcionalmente mais.


Idiosioncrasia bioquímica


A idiosincrasia é um termo farmacológico, cuja expressão primitiva foi a teoria humoral de Hipócrates, embora o chamamos “Galenismo”. Cada pessoa – sobre tudo seu cérebro – é um fenótipo único, com taxas variáveis (e plásticas) de enzimas chaves, neuroreceptores, sem falar do substrato anatômico. Por tanto, cada qual varia em suas reações a qualquer alimento ou fármaco, que só se diferenciam entre si por critérios culturais arbitrários, pois o fármaco não é mais que uma sorte singular de alimento.


Chauvinismo farmacológico


Refere-se a prejuízos quanto a fármacos, louvando o fármaco de referência de alguém em prejuízo dos outros fármacos de predileção alheia, que frequentemente vêem a ser estigmatizados.


Referências de Psiconautas> exploradores de la consciencia de Juanjo Pineiro


Tradução e seleção: Fernando Beserra


sexta-feira, 28 de maio de 2010

Adeptos do Santo Daime fazem manifestação em frente ao Congresso

Fonte: Beatriz Labate

Clique aqui para ver a notícia original.

Os adeptos do Santo Daime realizaram nesta segunda-feira (24), em frente ao Congresso Nacional, a Caminhada Ayahuasca Contra as Drogas, cujo objetivo é apresentar à sociedade informações sobre o uso do chá Santo Daime, ou ayahuasca, utilizado para fins religiosos. A passeata foi organizada pela Federação Nacional da Ayahuasca.

Os adeptos argumentam que o daime “não causa qualquer tipo de dependência, dano fisiológico ou síndrome de abstinência” e alertam para o risco de misturar a bebida com drogas como maconha ou cocaína . “Nós tomamos daime e não somos drogados” foi uma das frases impressas em cartazes durante a manifestação.

Nesta semana, a Câmara dos Deputados realiza duas audiências públicas para discutir a resolução do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (Conad) que permitiu o uso do chá do Santo Daime ou ayahuasca para fins religiosos. Um das audiências foi realizada nesta segunda-feira (24) e a outra deverá ocorrer na quinta-feira (27).

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Maconheiros marcham por liberdade de expressão em São Paulo


Ciranda Internacional da Comunicação Compartilhada

Fonte: Coletivo Desentorpecendo a Razão

Foto: Gabriela Moncau

segunda-feira 24 de Maio de 2010, por Terezinha Vicente

Mais uma vez o Governo do Estado de São Paulo, por meio do Grupo de Repressão e Prevenção aos Crimes da Lei Antitóxico (Gaerpa), recorre ao Tribunal de Justiça para proibir a Marcha da Maconha, que já aconteceu pacificamente em vários estados brasileiros. No Rio de Janeiro, a última reuniu mais de quatro mil pessoas. O coletivo Marcha da Maconha foi criado em 1999, em Nova York, e costuma organizar ações simultâneas em vários países.

Fui chegando junto com a polícia. Já havia uma grande roda de pessoas – a maioria jovens homens – utilizando um megafone para a comunicação. Vários cartazes, a maioria ilustrados com a folha da cannabis, estavam expostos no chão no meio da roda – Plante seus direitos / Usuário saia do armário / Não compre. Plante! / Não é prejuízo, legaliza, que vira paraíso!

Muitas pessoas também se juntavam ao longe, vários grupos olhando, muita gente com vontade e medo de chegar… Foi quando chegou o Rafinha Cortez do CQC que as pessoas tiveram a “desculpa” para aproximar-se, as rodas cresceram, porque o repórter transitava entre os vários agrupamentos que se formavam. Muitas palavras de ordem foram cantadas para os microfones e câmeras do CQC, e para os policiais que se movimentavam cada vez mais e cada vez em maior número.


quinta-feira, 20 de maio de 2010

Apresentação de Dominique Duprez no IFCS-UFRJ dia 18 de Maio

Apresentação de Dominique Duprez no IFCS-UFRJ dia 18 de Maio de 2010

Duprez abordou dois cenários diferentes vividos na França contemporânea, considerando o consumo de substâncias psicoativas (SPA), a saber, o uso pela população de baixa renda e o uso pela classe média. O consumo e os problemas decorrentes do uso de substâncias psicoativas nas populações de baixa renda foram especialmente relacionados ao aumento do uso de heroína, o que aumentou o número de roubos para obter a heroína, além do comércio para se utilizar da substância. Diferente de outros comércios ilícitos, os “traficantes de droga” franceses não investiam no negócio, mas gastavam todo dinheiro que recebiam com as vendas (p.ex, em boates), sendo o comércio realizado de maneira mais horizontal (organização dos grupos) e pouco violento, criando um cenário radicalmente diferente do brasileiro. Por outro lado, existiam muitas mortes decorrentes do consumo de heroína injetável.


Maconha ao volante. Cai outro mito do proibicionismo

Fonte: Blog Sem Fronteiras
Comentários: Hempadão

tags:, - walterfm1 às 15:55

1. Droga psicoativa no volante tira o sono e aguça os sentidos. Por outro lado, não fornece pré-aviso de quando o seu efeito vai acabar.

Os caminhoneiros brasileiros, usuários do chamado “rebite”, sabem do risco e dos inúmeros companheiros que morreram quando o efeito da droga findou. Sem aviso prévio, eles mergulharam num sono profundo, com total perda de controle do veículo e da carga transportada.

Na Europa e nos EUA as campanhas e as fiscalizações são intensas. Álcool ou drogas proibidas são detectadas em confiáveis e seguros testes aplicados nas estradas. Nada de bafômetro, um equipamento superado e, por lá, já não aceito como prova técnica para condenar em processo judicial ou para sustentar imposição de sanção administrativa por infração à lei de trânsito.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Psiconautas


Juanjo Pineiro no seu livro Psiconautas: exploradores de la consciencia faz entrevista com uma série de psiconautas, alguns mais famosos como Terence Mckenna, Jonathan Ott, o casal Shulgin, etc. e outros menos conhecidos. Pineiro encontra algumas semelhanças nos discursos em toda diversidade psiconautica. Eis que nos diz na introdução do livro:

Os psiconautas entrevistados - e outros que embora não apareçam aqui, tem o dito em muitas ocasiões - consideram os enteodélicos catalizadores de experiências que podem ser muito poderosas e profundas, com duas possibilidades básicas: na companhia, dose e lugar adequados podem ser muito transformadoras e benéficas para as pessoas que os ingerem, e seja ou não esta sua intenção, podem ser uma grande ajuda na evolução e crescimento espiritual de uma pessoa; contudo, incorretamente utilizados, estas "ferramentas químicas" podem converter-se em um freio e um obstáculo, tanto na vida de todo dia como, especificamente, na vida espiritual; nos piores casos, podem causar feridas fisiológicas, emocionais ou mentais duradouras que posteriormente tendem a sanar, havendo-se criado - eles ou elas, não as substâncias - um problema a resolver, evitável desde o princípio com uma boa dose de sentido comum e precaução e não com excesso de racionalidade e medo.

sábado, 15 de maio de 2010

Vicissitudes dos rituais enteogênicos coletivos contemporâneos




Vicissitudes dos rituais enteogênicos coletivos contemporâneos.

Luis Paulo B. Lopes

Rituais onde utilizam-se enteógenos, sejam de origem animal ou vegetal, são práticas milenares. Há registros de tais rituais nas mais diversas culturas ao redor do mundo. Para compreender aspectos psicológicos, sociais e espirituais envolvidos nos rituais de tais culturas, seria necessário um olhar tendo a própria cultura em questão como referência, para que não se chegue em conclusões de cunho etnocêntrico. Certamente não é de minha competência empreender tal reflexão, portanto ocupo-me com aquilo que faz parte de minha experiência, os rituais coletivos contemporâneos. É importante considerar que o ritual coletivo envolve uma série de aspectos importantes implicados no desenvolvimento espiritual dos indivíduos que deles participam. No entanto, meu objetivo nesse momento é refletir sobre algumas vicissitudes que podem estar envolvidas nessas situações. Afim de que essas reflexões possam ser úteis, de alguma forma, para as próprias instituições que regem os rituais e seus participantes. Tenho consciência de que não serei capaz de abarcar a totalidade de possibilidades envolvidas em tais situações. Mas considero válida a tentativa presente de enumerar alguns pontos envolvidos na situação paradoxal em que uma experiência potencialmente integradora pode também se tornar um entrave no processo de individuação, seja por questões que envolvem o coletivo, seja por questões que envolvem o indivíduo. As questões que apresentarei são fenômenos humanos, e é natural que se manifestem também nos grupos que utilizam enteógenos em seus rituais. Portanto, não tenho como objetivo apontar defeitos ou falhas, mas apenas refletir sobre essas questões.

Conferência

Uso Recreativo de Drogas na França e Políticas de Redução de Risco com Prof. Dominique Duprez (Université de Sciences et Technologies de Lille)

18 de Maio de 2010 (Terça-feira) no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ (IFCS)
Largo de São Francisco de Paula, 1, Centro
Sala 109 - Evaristo de Moraes Filho
Rio de Janeiro - RJ

Fonte

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Nicotina, Tabaco e Pituri


Nicotina, Tabaco e Pituri


Do Pharmacotheon de Jonathan Ott (pgs. 370-373)

Tradução tosquíssima por Fernando Beserra


Geralmente, não se considera a nicotina, princípio ativo e aditivo do onipresente tabaco, um embriagante capaz de produzir visões. O baixo conteúdo em nicotina dos modernos cigarros manufaturados é, de fato, insuficiente para desencadear experiências visionárias, causando unicamente a suave estimulação do fumante e um alicio dos sintomas da abstinência ocasionados pela sua adição ao tabaco (Byrne, 1988; Schelling, 1992). Com efeito, o tabaco tem sido o embriagante chamânico par excellence ao longo das Américas e Nicotiana Tabacum (fonte dos tabacos atuais para cigarrilhos, cigarros e cachimbo) e N. rústica (usada em bidis[1]) tem sido as espécies mais destacadas. De acordo com um expert em tabaco, J. Wilbert, na Amazônia “Nicotiana constitui um agente de transformação lado a lado com Anadenanthera, Banisteriopsis, Trichocereus pachanoi (o cacto São Pedro) e Virola no mundo dos homens-jaguar e na licantropia em geral”. Ademais, os preparados de tabaco são um dos mais comuns e estendidos das poções de ayahuasca (vejam capítulos 1,3 e 4) e muitos chamãs, como os da tribo dos záparo “tomam ayahuasca... para ver melhor, mas crêem que o seu autêntico poder deriva do tabaco” (Schultes e Hofmann 1979; Schultes e Raffauf 1990; Wilbert 1987). A ingestão de tabaco é uma parte integral do aprendizado chamanico em toda Amazônia (Alacrón, 1990; Schultes e Raffaut, 1992). No México, os índios tarahumara “consideram que o tabaco segue, em importância, o hikuri ou péyotl e que é mais potente que a dekuba (Datura)” (Bye, 1979a). Aparta de N. tabacum e N. rustica, os índios tarahumara fumam de forma ritual N. trigonophylla (Bye, 1979a), uma espécie de tabaco silvestre usada do mesmo modo pelos índios hopi (Whiting, 1939). No Velho Mundo os aborígines australianos utlizaram outra planta, que contêm nicotina, chamada pituri, Dubisia hopwoodii, em forma de um preparado para mascar, com fins estimulantes e como embriagante chamânico (Cawte, 1985; Watson 1983; Watson et al, 1983). Embora basicamente se trate de um gênero do Novo Mundo, existem várias espécies de tabaco naturais do Velho Mundo (do Pacifico sul, Austrália e África; veja Feinhandler et al, 1979; Goodspeed, 1954). A nicotina está presente em outras plantas diversas e se têm encontrado em traços (trazas) nas folhas da coca, embora este informe ainda não tenha sido confirmado (Novák et at., 1984). Os aborígines australianos alyamara costumavam mascar (junto com cinzas alcalinas) de folhas dessecadas de várias espécies de Nicotiana “pelo seu efeito narcótico”: N. benthaminana, N. gossei, N. ingulha, N. megalosiphon e N. velutina. Utilizavam de forma similar as folhas da espécie relacionada Goodenia lunata. As folhas de alguns destes tabacos silvestres eram maceradas e vertidas em pequenos buracos com água nas rochas, para aturdir e facilitar a captura dos pássaros que bebiam dela (O´Connel et al, 1983). Parece que Nicotiana ingulha era usada como embriagante pelo povo binbidu da Austrália (Thomson, 1961).


quarta-feira, 12 de maio de 2010

Enteogenico apresenta trabalho sobre Enteogenos em Congresso

Queridos leitores,

Dois membros aqui do Enteogenico apresentarão um trabalho no Congresso Carl Gustav Jung: "Teoria e Práticas Junguianas: produções acadêmicas, clínicas e sociedade" a ser realizado na Universidade Veiga da Almeida - campus Tijuca - Rio de Janeiro-RJ.

Fernando Beserra e Luis Paulo apresentarão o trabalho "Experiência enteogênica: discutindo a condição favorável à função transcendente" em Mesa Redonda às 13:30 no dia 27 de maio.

A mesa redonda que aborda o tema: Tradição e o Mundo Atual: Discussões atuais e a Psicologia Junguiana contará ainda com a presença de Igor Fernandes com o trabalho: A internet e o Virtual: por um pluralismo das visões.

Vou tentar gravar a mesa e jogar aqui no site.

Mais informações sobre o congresso: http://www.teoriaepraticajunguiana.com/page1.php

Nova estratégia desvia a prioridade da Justiça criminal para a saúde pública, com metas para a redução do consumo

Certamente não é o paraíso, tampouco a mudança necessária para por fim a guerra aos usuários de substâncias psicoativas, no entanto a nova estratégia dos EUA anunciada ontem por Barack Obama, contribui muito para uma mudança da política repressiva instalada pelo mundo afora.


Longe de nós concordar com tudo que é dito na reportagem abaixo, publicada hoje no Globo. Para começar com os termos impróprios como “viciados” e terminando com a visão do uso indevido como “doença”, mas isso é conversa para um texto mais denso. É importante afirmar que as políticas de “drogas” têm mudado muito nos últimos anos, saindo de uma estagnação anterior que durou décadas. O exemplo disso foi, nada mais nada menos, que Washington onde finalmente foi aprovado o uso medicinal da maconha. A reportagem pode ser lida no site da Psicotrópicus.


Fonte: Jornal o Globo


Nova estratégia desvia a prioridade da Justiça criminal para a saúde pública, com metas para a redução do consumo


Fernando Eichenberg (Correspondente)


Washington. Ao anunciar, ontem, o novo plano nacional do governo de combate às drogas, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, procurou acenar com uma mudança de abordagem do sempre polêmico tema. A estratégia elaborada pelo diretor do Departamento de Política Nacional de Fiscalização das Drogas (ONDCP, na sigla em inglês), Gil Kerilkowske, alcunhado como o czar antidrogas do governo Obama, tenta desviar o foco da questão da Justiça criminal para a saúde pública. Em resumo: mais prevenção e tratamento, mas sem deixar de lado a repressão, doméstica e no exterior:


- Esta estratégia apela a uma abordagem equilibrada na confrontação do complexo desafio do uso de drogas e suas conseqüências – resumiu Obama.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Alex Grey fala sobre Albert Hoffman

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Linkanias

Gostaria apenas de apresentar o Blog "Soma" do site Enteógenos.org, que como eles mesmo dizem, é como um robo.

No dizer do Enteógenos:

O Soma lista chamadas para outros blogs sobre o assunto. Se você tiver um blog sobre enteógenos, é só entrar em contato para entrar na roda. Mesmo que não seja um blog apenas sobre enteógenos, se o site tiver o recurso de soltar o feed de uma tag específica (o Wordpress, por exemplo, tem), é só nos mandar o feed da tag que você usa para blogar sobre enteógenos.

Bacana a iniciativa, o link do Soma tai.

E a discussão da terminologia "enteógenos", da experiência e da cultura que ronda os enteógenos continua no Blog Amrita

Nós botamos alguns posts do Jonathan Ott sobre o assunto, mas o questão ainda merece algumas considerações, além da etimologia e da origem do termo. Mas enquanto o post não sai do forno, ficam os links.

Abrindo o debate da Cannabis no Brasil

Abrindo o debate da Cannabis no Brasil

10 de maio de 2010

Fonte: Growroom

O Growroom e a Matilha Cultural convidam para o ciclo de debates “Abrindo o debate sobre a Cannabis no Brasil” – Liberdade de expressão, Segurança Pública e Uso Medicinal, que será realizado no dia 19 de maio. O objetivo do evento é estruturar um debate democrático e transparente sobre as políticas de regulação da Cannabis no Brasil, lidando com a questão de forma pragmática e coerente com a realidade social do país.

Com a presença de pesquisadores, advogados, ativistas, agentes redutores de danos e cidadãos, os debates não pretendem defender ou condenar a discriminalização da Cannabis no Brasil, mas trazer luz à questão ao promover a pluralidade de opiniões e colaborações de especialistas e cidadãos.

O evento será gratuito, aberto ao público e transmitido pela internet pelos endereços http://www.matilhacultural.com.br e http://growroom.net.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Psiconautas e Sociedade Contemporânea


Caminhamos numa época perigosa, pelo menos desde a construção de um belicismo tão potencialmente destrutivo. As estratégias da maioria dos empresários e governantes são excessivamente pragmáticas e racionais, ligadas, quer queiramos, quer não, aos modelos de gestão capitalistas. Neste contexto obscuro o meio ambiente sofre: das pessoas, passando pelas cidades, até chegarmos a natureza, estão todos expostos a benefícios e malefícios produzidos pela civilização ocidental. A partir de especialismos científicos e metodológicos que nos fazem concentrar cada vez mais em menores áreas do conhecimento ou da produção, ficamos alheios ao “todo” e as resultantes sociais de nossos atos. Trabalhamos como máquinas e máquinas não têm sentimento, simplesmente operacionalidade. A ética, ao ser perdida a visão complexa do todo, agoniza.


Organizações revolucionárias, reformistas, alternativas, surgem e desaparecem, muitas vezes alterando significativamente o mundo, outras, sequer deixando vestígios. Neste meio encontramos um movimento psiconauta[1] que novamente emerge, pois que havia se associado, na década de 60, fortemente as influencias hippies e desde a década de 80 todo este movimento entrou num rápido declínio. Salvo uns poucos pesquisadores de um lado e hippies ou neo-hippies de outro, não havia muita coisa.


Mas, se a teoria junguiana está correta, quando uma tendência se torna unilateral existe um movimento compensatório se agitando no inconsciente, até que uma hora ele emerge. Terrence Mckenna e Jonathan Ott já observaram esta nova transmutação do movimento de usuários de enteógenos[2] ou psicodélicos.

Comissão aprova exame antidrogas para ingresso no serviço público

Fonte: Psicotropicus

Comissão aprova exame antidrogas para ingresso no serviço público

Segunda-feira, 3 de maio de 2010

A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado aprovou na quarta-feira (28) proposta que torna obrigatório exame toxicológico para o ingresso no serviço público. O texto é um substitutivo do deputado Dr. Talmir (PV-SP) ao Projeto de Lei 5999/05, aprovado pela Comissão de Seguridade Social e Família.

O relator na Comissão de Segurança Pública, deputado Laerte Bessa (PSC-DF), defendeu a proposta. "O servidor que se envolve no consumo de drogas põe em risco a prestação do serviço que está a seu cargo. Isso viola diretamente o interesse público, o que justifica a elaboração de normas de proteção especial por parte do Estado", disse.

Originariamente, o PL 5999/05 instituía o exame toxicológico apenas para policiais civis e militares.

O substitutivo do deputado Dr. Talmir, relator na Comissão de Seguridade Social, diz que os exames serão feitos ao final do concurso, como condição para a nomeação. Caso o resultado seja positivo, o candidato terá direito à contraprova, podendo optar, às suas expensas, por laboratório de sua preferência, desde que reconhecido pelo Poder Público. A confirmação do resultado positivo ou a recusa a se submeter ao exame toxicológico causará a eliminação do candidato. "O ideal é que as pessoas dependentes sejam inabilitadas para o exercício da função pública, em momento prévio à posse", afirmou Dr. Talmir.

O substitutivo assegura que o resultado do exame toxicológico será confidencial e não causará outro tipo de sanção.

Críticas à proposta:

segunda-feira, 3 de maio de 2010

O uso ritual da ayahuasca




Rafael Guimarães dos Santos - Bacharel em Ciências Biológicas - UniCEUB [1]

Artigo publicado na revista eletrônica do Centro de Estudos do Imaginário

fonte: http://www.cei.unir.br/res41.html

Em fevereiro de 2004 foi lançada a segunda edição, revisada e ampliada, do livro O uso ritual da ayahuasca. O livro trata ao longo de suas páginas sobre a trajetória que a ayahuasca vem fazendo, desde suas origens na Amazônia até seus usos nos meios urbanos. Esta fonte de conhecimento e poder[1], que é a ayahuasca, é preparada em grande parte dos contextos em que é consumida a partir do cipó Banisteriopsis caapi juntamente com a folha do arbusto Psychotria viridis. Tendo a Amazônia Ocidental como origem, a ayahuasca é estudada ao longo do livro com o devido cuidado e respeito que cada diferente contexto onde ela é utilizada (indígena, caboclo,urbano) merece.

O livro, que é composto por vinte e seis artigos de pesquisadores brasileiros e estrangeiros, relata três grandes temas sobre a liana dos mortos[2]: seus usos entre os povos da floresta, entre as religiões brasileiras institucionalizadas e seus aspectos biológicos-farmacológicos, demonstrando como o tema abordado é plástico e permite múltiplas abordagens.

domingo, 2 de maio de 2010

Florinda de la Paz na Marcha da Maconha RJ


Cheguei à marcha um pouco depois do horário marcado: 14:00. Deviam ser 14:30, aproximadamente. Nesse momento estavam lá por volta de 200 pessoas e aos poucos foram chegando mais guerreiros da liberdade. Vi lá já a galera Hempadão, Growroom, Radiolegalize, tinha gente daqui do Enteogenico, da ONG Psicotrópicus, Renato Cinco e todos os organizadores da Marcha do RJ, e muita gente jovem, sem dúvida. Eu, um pouco mais idosa, não pude deixar de notar também a presença de dois outros públicos: alguns idosos incríveis, alguns já conhecidos em sua militância, outros que ali via pela primeira vez. O outro público era mais particular ainda, algumas crianças com seus papais e mamães com camisas prontas para a Marcha, dando o sinal cósmico de que a Marcha seria um evento tranqüilo, harmonioso e importante para a transformação que esperamos. Crianças sempre me lembram esperança.


O amigo sol nasceu para nos ver e pôs-se com seu brilho maravilhoso para iluminar a marcha. Saímos as 16:00 e em pouco tempo já eram milhares de pessoas marchando pela liberdade, por uma política de drogas mais justa, democrática e que promova realmente a saúde pública a cidade e aos seus cidadãos. O lúdico e o político se acasalaram dando uma vividez singular ao evento. O gosto da liberdade é contagiante!