sábado, 30 de julho de 2011

O Fantástico 25o Anivesrário da MAPS

Para quem não sabe "MAPS" significa :"Multidisciplinary Association for Psychedelic Studies" e é hoje uma das maiores, senão a maior, associação internacional que financia estudos com e sobre substâncias psicodélicas. Criada em 1985, seu criador é, nada mais nada menos, que o incansável Rick Doblin. Abaixo um vídeo da dra. Julie Holland falando sobre o que "é" o MAPS:



Pois bem, o MAPS está de parabens e comemorará seu 25o anivesário no final deste ano, realizando o evento "Cartographie Psychedelica". De pesquisadores brasileiros já temos confirmado na programação: Beatriz Labate e seus amigos, fazendo o "Ayahuasca Workshop". Teremos ainda as presenças fenomenais de Alex Grey, Charles Grob, dentre outros.

Vou tentar juntar a grana!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Ministro británico reconoce que la coca es patrimonio cultural en Bolivia

Fuente:La Razón

Miércoles, 27 de Julio de 2011

El ministro de Estado Británico para América Latina, Jeremy Browne, reconoció el miércoles que la hoja de coca es un patrimonio cultural de los bolivianos, pero sugirió no plantar más allá de lo necesario para evitar que sea desviada a actividades ilícitas.

"Entiendo que la coca tiene un lugar especial en la historia de Bolivia y en la vida cotidiana", respondió Browne a la consulta sobre la decisión del Gobierno de denunciar la Convención de Estupefacientes de Nueva York:

Insistió en que la coca tiene un significado cultural muy profundo en los bolivianos, tomando en cuenta que es reconocida en la Constitución Política del Estado.

A juicio del ministro Británico, "el problema es que en Bolivia se cultiva coca más de lo necesario para la demanda cultural".

"No queremos que la gente cultive parte de la coca haciendo creer que está destinada al uso cultural en Bolivia, cuando en realidad el uso al que se destina es distinto", dijo.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Escala de Shulgin

A tradução abaixo não é de minha autoria. Segue abaixo um importante texto para aqueles interessados nos efeitos psicoativos de substâncias psicodélicas ou enteogênicas, para químicos profissionais, amadores e, em suma, para psiconautas em geral. Em breve farei uma introdução a tradução, falando quem são estes pesquisadores fundamentais da psiconautica, os Shulgin.


A escala de Shulgin é uma escala simples que mede o efeito subjetivo oriundo do uso de substâncias ditas psicoativas, alucinógenas, psicodélicas ou enteógenas. O sistema foi desenvolvido com fins de pesquisa pelo bioquímico Alexander Shulgin e detalhado em seu livro intitulado PiHKAL(fenetilaminas que eu conheci e amei: uma história de amor química, em tradução livre do título do livro).
 
Segue abaixo excerto traduzido do livro, sobre os níveis da escala de Shulgin: 

MAIS / MENOS (+/-) O nível e efetividade de um elemento que indica a ação inicial de uma droga. Se uma dose alta produz uma resposta alta, então esta denominação é válida. Se no caso a dosagem elevada não surtir nenhum efeito, então trata-se de um falso positivo.

MAIS UM (+) A droga é certamente bem ativa. O tempo pode ser medido com certa acuidade, mas a natureza dos efeitos da droga ainda não são aparentes.

MAIS DOIS (++) Ambos o tempo e a natureza da ação de uma droga são sem dúvida aparentes. Mas você ainda possui escolha se irá aceitar a aventura, ou continuar com os seus planos diários normais. Os efeitos podem ter grande influência, ou podem ser reprimidos e tomar um papel secundário em relação a outras atividades escolhidas.

 MAIS TRÊS (+++) Não somente o tempo e a natureza da ação de uma droga são bem claras, e ignorar sua ação é impossível de se ignorar. O sujeito está totalmente comprometido na experiência, para o bem ou para o mal.

MAIS QUATRO (++++) Um estado transcendental raro e precioso, que é chamado de "pico da experiência", uma "experiência religiosa", "transformação divina", um "estado de Samādhi" e muitos outros nomes em outras culturas. Ele não tem relação com as medições anteriores da intensidade da droga. É um estado de conexão com o mundo interior e exterior, um estado místico e de graça, que provém da ingestão de uma substância psicodélica, sendo algo que pode não se repetir após a ingestão da mesma substância. Se uma droga (ou técnica ou processo) fosse descoberta e esta pudesse produzir de forma consistente uma experiência mais quatro em todos os seres humanos, é possível afirmar que este poderia assinalara evolução final, e talvez o fim do experimento humano.

— Alexander Shulgin, PiHKAL, 1991

 
Uso
 
A escala de Shulgin é comumente utilizada em conjunto com mais outros componentes, como: a identificação química da substância ingerida, a dosagem, uma descrição narrativa dos efeitos em termos de visões, sensações, e variações durante o decorrer da experiência de cunho emocional, sensorial, mental.

Exemplo de texto narrativo: (com 50ml) Uma intensa experiência. Levo uma hora para atingir um efeito mais três. Os sons das músicas xamânicas ganham uma profundidade e uma emotividade maiores, mandalas e visões do passado começam a aparecer. Ânsia de vômito após 2 horas. Após o fim dos efeitos, ficam alguns resquícios de vultos periféricos na visão.

 Referências

 Shulgin, Alexander (1991), PIHKAL: A Chemical Love Story, Berkeley,
 CA: Transform Press, ISBN 978-0-9630096-0-9

terça-feira, 26 de julho de 2011

Audio da Palestra: "Psicoterapia e Psicodélicos"

Queridos leitores,

A palestra "Psicoterapia e Psicodélicos: em vias de uma reconciliação?" foi um sucesso, embora seu pequeno público no evento: "5a mostra regional de práticas em psicologia" organizado pelo Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro (CRP-RJ).

Agradeço enormemente ao "Zen" que gravou a palestra e em breve teremos a mesma em vídeo. Por enquanto, disponibilizo aqui a gravação do aúdio.

Para ouvir a palestra e a discussão CLICA AQUI

Abraços Enteogenicos

Veja como foi a Medical Cannabis Cup

A Medical Cannabis Cup 2011, edição São Francisco (EUA), aconteceu nos dias 25 e 26 de junho. O evento teve como principal objetivo disseminar a cultura canábica, bem como promover o debate consciente sobre o uso da maconha, principalmente no campo da medicina. Foram dois dias onde expositores e visitantes puderam debater e conhecer mais sobre plantio, comércio e indústria da maconha.

(Fotos: Mark Diaz)

Richard Cusick, Editor Associado da High Times (NY) e Ranieri Guimarães, Diretor da Brasil Norml


O diretor da Brasil Norml, Ranieri Guimarães, juntamente com Mark Diaz, do setor de comunicação, estiveram presentes. Os dois relataram para o site da Brasil Norml como foi a Medical Cannabis Cup de São Francisco. Confira a seguir, e saiba mais um pouco sobre como está o cenário da Cannabis nos Estados Unidos.


Foi um belo dia em São Francisco, Califórnia, para acontecer a segunda “High Times Medical Cannabis Cup”. O evento atraiu uma verdadeira multidão. A entrada custava 50 dólares e dava direito a participar dos dois dias. Isto representa muito dinheiro nestes tempos difíceis. Mesmo assim as pessoas vieram. A maioria delas muitas vezes gasta muito mais do que isso, comprando de fornecedores que possuem as últimas tecnologias e de produtores que vendem clones e sementes de suas melhores cannabis para cultivo. Foi um dia para a educação e conscientização, trabalhando em rede com outras empresas do setor da maconha, além de servir também como uma sadia diversão. A revista High Times produziu um evento bem estruturado. Participantes e distribuidores encheram ambos os salões do local para prestigiar o evento. Pacientes utilizaram todas as diferentes formas de cannabis lá. Muitas pessoas estavam visivelmente embriagadas, porém, não houveram incidentes como seria de esperar em um evento comparável onde é servido álcool. Todos estavam no melhor estado de espírito.

sábado, 23 de julho de 2011

Dica Enteogenica

O site da Iboga Foundation fala um pouco sobre esta misteriosa planta africana, seus efeitos enteogênicos, e mesmo sobre seu uso em psicoterapia, que tem auxiliado especialmente em casos de dependência de opiáceos.

Fica ai a dica.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

5ª Mostra Regional de Psicologia do Rio de Janeiro tem palestrante membro do Enteogenico

5ª Mostra Regional de Psicologia do Rio de Janeiro tem palestrante membro do Enteogenico



Amanhã, no Rio de Janeiro, Universidade Veiga de Almeida – campus Tijuca (próximo metro São Cristóvão), um membro do Enteogenico, no caso, eu, irá ministrar uma palestra sobre “Psicologia e Psicodélicos: em vias de uma reconciliação?”. O evento é gratuito e organizado pelo Conselho de Psicologia do Rio de Janeiro (CRP).



A apresentação será 11:30, mesa 11, e espero contar com a presença de alguns de vocês. Dentro do debate, irei abordar algumas das formas de psicoterapia com psicodélicos já utilizadas (Grof, Leary, Roquet, etc) e seu re-nascimento contemporâneo, demarcando a necessidade de debatermos o tema no Rio de Janeiro, tendo em vista os resultados proporcionados por esta forma de psicoterapia. Ainda estou planejando uma série de “pitadas de tempero” mais polêmicas para levantar o debate, abrir a discussão, especialmente para a categoria “psicólogos”, que, a meu ver, deveria ter um amplo conhecimento pessoal e experiencial sobre estados invulgares de consciência.



Espero vocês lá!



Abraços Enteogenicos!



Programação: http://www.crprj.org.br/mostra/inscricao.html

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Reportagem sobre cogumelos mágicos na Carta Capital

Fonte: Mundo Mágico do Cogumelo

Retirado de Carta Capital, 26 de Julho de 2006 – Ano XII – Número 403, publicado em
http://www.cartacapital.com.br/index.php?funcao=exibirMateria&id_materia=5022

“UM ATALHO PARA DEUS
Cogumelo alucinógeno evoca experiências místicas, causa bem-estar e melhora o humor, diz pesquisa

Por Rogério Tuma

Cientistas da Johns Hopkins University utilizam, pela primeira vez, métodos científicos rigorosos para avaliar alucinógenos e comprovam que o chamado “cogumelo sagrado” consegue evocar experiências místicas e espirituais idênticas àquelas espontâneas descritas por pessoas em transe religioso por séculos.

A psilocibina é um alcalóide encontrado no cogumelo psilocibe, existente no México e no Sudoeste americano, e é semelhante aos alcalóides encontrados em quase 200 plantas espalhadas pelo mundo. Esses alcalóides atuam nos receptores cerebrais do neurotransmissor serotonina (envolvido nos sonhos, no humor e em outras funções afetivas). Neles se encaixam o LSD, a mescalina e várias outras substâncias. Há milênios esse grupo de alucinógenos é utilizado em rituais religiosos. No Brasil, a seita mais conhecida que pratica esses rituais é o Santo Daime.

Durante o movimento hippie, nos anos 60, o cogumelo foi muitas vezes tomado de forma exagerada, o que inibiu seus estudos até recentemente. Agora, com as novas técnicas, o controle das pesquisas é maior e os resultados positivos e negativos são, portanto, mais confiáveis.

No estudo da Johns Hopkins, 36 voluntários foram divididos em três grupos e foram avisados de que poderiam receber um alucinógeno ou outras medicações que poderiam alterar a consciência. Um grupo de 15 voluntários recebeu oralmente a psilocibina na dose de 30 mg/70 kg. Um segundo grupo de 15 recebeu metilfenidato (estimulante cerebral utilizado para síndrome do déficit de atenção) como placebo positivo, isto é, uma medicação que simula os efeitos colaterais, mas que não provoca alucinações. E um terceiro grupo de seis voluntários recebeu metilfenidato duas vezes, sem saber, achando que receberam drogas diferentes nas duas ocasiões. Com isso os pesquisadores controlaram os efeitos da sugestão e da expectativa.´

Para avaliar as possíveis alucinações e experiências foram aplicadas diversas escalas predefinidas que caracterizam estados de consciência, humor, misticismo, transcedência espiritual e várias outras alterações psíquicas.

Entre os indivíduos que receberam o alucinógeno, 60% descreveram sintomas que preencheram os critérios definidos para uma “experiência espiritual e mística completa” nas primeiras oito horas de avaliação, e um terço deles a descreveu como “a experiência espiritual mais importante de sua vida” e mais de dois terços descreveram a experiência como uma das cinco mais marcantes, comparável com a morte do pai ou o nascimento do primeiro filho.

Dois meses depois, 79% dos indivíduos ainda se referiam a uma grande ou moderada mudança positiva no seu bem-estar e na sua satisfação com a vida. A grande maioria também mencionou que seu humor, suas atitudes e comportamento melhoraram significativamente, e esse dado foi confirmado com parentes e colegas de trabalho.

O líder do estudo, publicado na revista americana Psychopharmacology de 11 de julho, dr. Roland Griffiths, afirma que a mensagem não é a de que se pode reproduzir experiências místicas artificialmente, mas que elas modificam positivamente a vida dos voluntários por pelo menos alguns meses, indicando um uso terapêutico valioso. Griffiths também alerta para os efeitos colaterais, pois mesmo nas condições bem controladas do estudo, um terço dos voluntários apresentou medo considerável e ansiedade. Alguns apresentaram sintomas passageiros de paranóia. A utilização sem controle da droga pode levar a sintomas negativos com freqüência ainda maior.


Apesar de no estudo em questão a droga não ter causado dependência ou sinais de intolerância, Griffiths alerta também que ela não é um instrumento de uso contínuo para melhorar a vida ou ser um caminho mais curto para Deus. “Há uma enorme diferença entre ter uma experiência espiritual e ter uma vida espiritual”, diz.

O estudo foi considerado um marco da ciência por Charles Schuster, diretor do Instituto Americano sobre Abuso de Drogas (Nida), pois reintegra à análise da consciência e percepção sensorial um grupo de substâncias de grande valor que foi abominado por quase 40 anos.

Os autores afirmam não existir interesse em explicar a religiosidade das pessoas. Segundo Lawrence Kraus, em artigo na revista New Scientist de julho, utilizar a ciência para negar a religião é um desserviço, pois coloca uma contra a outra e vice-versa. Também para o padre belga Georges Lemaitre, que foi o primeiro cientista a demonstrar que a Teoria da Relatividade de Einstein previa o Big-Bang: “É um erro utilizar a ciência para explicar a existência de Deus ou para torná-lo irrelevante, pois a tese serviria apenas ao propósito de satisfazer a convicção religiosa do postulante”. “

Leia reportagem em inglês aqui .

Ceensp: Controle do Tabagismo: interferência na liberdade?

Atividade do Centro de Estudos da ENSP

Instituição: ENSP/Fiocruz

Local: Salão internacional da ENSP - R. Leopoldo Bulhões, 1480/4º andar - Manguinhos/RJ

Período: 31/08/2011 a 31/08/2011

Informações: O encontro está marcado para 14 horas e terá como expositores Humberto Coelho Martins (Gerência de Produtos derivados do Tabaco/Anvisa), abordando 'o produto'; Deborah Carvalho Malta (Secretaria de Vigilância em Saúde/MS), falando do 'fumante'; Paula Johns (Aliança para o Controle do Tabagismo no Brasil/ACTBR), com 'a indústria' e Tânia Maria Cavalcante (Comissão Nacional de Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco/CONICQ), destacando 'o estado'. O Ceensp é aberto a todos os interessados e não é necessária inscrição prévia.

Marcha da Maconha atrai Mil Pessoas em Goiânia e Mais um Grower é Preso!

Fonte: Hempadão


por Marco Hollanda
fotos Heitor Vilela
Com os direitos de reunião e manifestação assegurados pela corte suprema da justiça brasileira, Goiânia pode enfim fazer a sua Marcha da Maconha. Na tarde da última sexta-feira cerca de 1000 pessoas caminharam pela rua da cidade com uma boa adesão da galera que participava do congresso da UNE.

A polícia militar, assim como aconteceu em Rio das Ostras, esqueceu ou desistiu de acompanhar a manifestação. A presença do poder público se deu apenas com a guarda municipal abrindo caminho para o ativismo verde passar.
Sem a força repressiva por perto os marchadores aproveitaram para puxar as já famosas marchinhas do Planta de Mente, o bloco de carnaval canábico do Rio de Janeiro. Mesmo no escuro a galera do CannaCerrado ligou câmera e fez o registro deste momento sensacional. Que Goiânia entre em definitivo para o circuito brasileiro de Marchas da Maconha!

domingo, 17 de julho de 2011

Câmara reconhece benefícios da UDV



Fonte: UDV
 
Sessão reuniu vários deputados, senadores, prefeitos e vereadores de diversos estados do país, além de mais de mil pessoas, associados da UDV que estiveram presentes na cerimônia. Foto: Beto Oliveira
“Reconhecimento”. Esta foi a palavra mais pronunciada pelos parlamentares que se revezaram na tribuna da Câmara dos Deputados, durante a Sessão Solene em homenagem aos 50 anos de fundação do Centro Espírita Beneficente União do Vegetal, na manhã dessa segunda-feira (11). Com o plenário e as galerias superiores totalmente lotadas, a Sessão Solene em homenagem à UDV iniciou com um vídeo apresentando a trajetória da entidade, desde sua formação até os dias atuais, com sua expansão pelo mundo, a exemplo de Estados Unidos e Espanha, que hoje contam com núcleos bem estruturados.
A União do Vegetal é uma instituição sem fins lucrativos criada em 22 de julho de 1961 pelo seringueiro José Gabriel da Costa, na fronteira do Acre com a Bolívia, esta religião ficou estabelecida depois de 1965 em Porto Velho (RO), de onde se expandiu por todo o Brasil e exterior, sendo hoje composta por mais de 30 mil frequentadores assíduos. Atualmente, sua Sede Geral fica em Brasília-DF.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Enteogenico apresenta trabalho na V mostra de psicologia

Divulgando:



Nos dias 21, 22 e 23 de julho acontecerá na Universidade Veiga de Almeida (campus Tijuca), totalmente 0800 (9090), a V Mostra Regional de Práticas em Psicologia organizada pelo Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro (CRP-RJ).


No evento, este que vos escreve apresentará o trabalho: "Psicodélicos e Psicoterapia: em vias de uma reconciliação?". A apresentação será na sexta-feira, dia 22, às 11:30 na Mesa 11.
 
Acho que não encontraram nenhum tema parecido, então fiquei numa mesa que não tem muito haver com a temática psicodélica, mas, vamos que vamos, levantar a poeira e botar o assunto na mesa!!

A programção se encontra AQUI


Espero vocês lá!

terça-feira, 12 de julho de 2011

A VIDA É UM ESPASMO CÓSMICO NO SOPRO DO UNIVERSO

Uma Visita ao Palácio Subterrâneo do LSD de Gordon Todd Skinner

POR HAMILTON MORRIS
FOTOS POR DAVID FEINBERG E SANTIAGO STELLEY
Fotos de arquivo cortesia de Krystle Cole
Krystle dentro do túnel do silo onde ela já teve incontáveis horas de viagens psicodélicas.

Não é nada fácil sintetizar os eventos ocorridos no silo de mísseis de Wamego entre 1º de outubro e 4 de novembro de 2000. As informações disponíveis formam uma massa viscosa de verdades, meias verdades, três quartos de verdades e mentiras descaradas, da qual é impossível extrair qualquer substância pura. Os personagens da história são múltiplos e variados. Os elementos químicos em questão são muitas vezes obscuros e de efeito desconhecido. Tudo que se sabe é que, em 1997, um prestigiado químico orgânico chamado Leonard Pickard se aliou a Gordon Todd Skinner, um herdeiro milionário, para criar aquele que se tornaria o laboratório de LSD mais produtivo do mundo. Um laboratório que, segundo fontes, produzia mais de 90% do LSD disponível no planeta, além de quantidades desconhecidas de MDMA, ALD-52, extrato de ergot e, possivelmente, LSZ.

Leonard Pickard é um caso raro entre os químicos clandestinos—um dos poucos que se destaca no ambiente acadêmico. Ele estudou em Harvard, Purdue e na UCLA enquanto produzia quilos de MDMA e LSD em laboratórios secretos da Irmandade do Amor Eterno. Era um sujeito carismático e gentil, de excelente postura (costumava dizer que a coluna vertebral deveria ser mantida na vertical, como “um lindo colar de pérolas”). Uma imagem famosa mostra Leonard em um congresso científico apreciando o aroma de uma rosa. Ele era assim.

sábado, 9 de julho de 2011

A grama do vizinho é mais verde - A Argentina é a próxima Holanda?

Foto: Domenico Pugliese
Casa Rosada: Sede da presidência da república da Argentina e Pé de maconha: Planta de Cannabis Sativa

Foto: Domenico Pugliese
Acima, os editores da THC, Alejandro e Sebastían, tomando um mate
Foto: Ezequiel Kopel
O ativista Matias Faray e seus companheiros de luta na última Marcha da Maconha

Foto: Ezequiel Kopel
15 mil argentinos na rua pedindo para fumar em paz


Foto: Domenico Pugliese
Flores nas varandas de Buenos Aires


Boom no cultivo caseiro, gente fumando em bares, brownies batizados vendidos na rua, uma Cannabis Cup pra chamar de sua, 15 mil pessoas na Marcha da Maconha, uma presidenta simpatizante da causa... A Argentina será a próxima Holanda?
A cena e a ousadia de Alejandro resumem a situação atual da maconha na Argentina: na teoria, ainda não foi totalmente regulamentada; na prática, o povo liberou geral. “Mucha lala” (“muita maconha”) foi o que a Trip viu nos quatro dias que passou em Buenos Aires. Plantas crescendo em varandas, jardins e engenhosos sistemas indoor, gente fumando nas esquinas, dentro de bares, no último vagão dos trens, hippies vendendo cookies e brownies aditivados com THC na rua... A sensação era de se estar caminhando na próxima Amsterdã.
A comparação não é um exagero completo. Só na capital portenha existem 15 growshops (lojas que vendem tudo que você precisa para cultivar, com exceção das sementes); no Brasil, elas não passam de duas. Nossos vizinhos têm também a sua própria Cannabis Cup (competição anual que acontece na capital holandesa e elege a melhor Cannabis, mas, na versão argentina, é secreta), a Copa Cannabica del Plata, que em julho deste ano comemora sua décima edição. E os cultivadores estão se multiplicando. Para ter uma ideia, em 2010 foram degustadas cerca de 80 espécies no evento – mais que o dobro do que foi apresentado na última realização do campeonato holandês. Nas bancas de jornal, não uma, mas duas revistas especializadas no assunto: THC e Haze, com tiragens de 35 mil e 15 mil respectivamente.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Coletivo Desentorpecendo a Razão na Folha de SP

Marcha da Maconha: seguiremos vencendo
JÚLIO DELMANTO, LEONARDO DIAS, MARCO MAGRI e PEDRO NOGUEIRA


Nós temos certeza de que a proibição à maconha cairá, do mesmo modo como caíram os argumentos que sustentavam a repressão à nossa marcha


Após quatro anos de proibição e obscurantismo, a liberdade de expressão prevaleceu. A decisão no STF impede que interpretações medievais por parte de tribunais inferiores possam restringir o direito constitucional de discutirmos as políticas de drogas onde devem ser discutidas: nas ruas.

A Marcha da Maconha propõe, por um debate amplo e democrático com a sociedade, a criação de regras e leis para controlar o plantio, o comércio e o uso de maconha. O cenário proibicionista é de falta de regulação do mercado da planta, deixando que o controle seja feito exclusivamente pelo crime e, consequentemente, pela violência.

A polícia nunca conseguirá deter o plantio ilegal, o transporte e o tráfico, tampouco o uso na sociedade.

O uso de drogas precisa ser encarado como uma questão cultural, em uma perspectiva histórica complexa, e seus aspectos positivos e negativos requerem política igualmente complexa e, principalmente, respeitosa dos direitos humanos.

Quem ganha com a Marcha nas ruas e sem mordaça são a sociedade e o debate franco de ideias. Como demonstrado em nossas inúmeras participações em seminários, programas de TV, rádio, internet etc., estamos abertos ao diálogo com todos os setores.

Mas não podemos nos furtar de apontar como a proibição das drogas é fonte da violência que atinge populações já fragilizadas socialmente, além de gerar falta de acesso à saúde pública para quem precisa, corrupção relacionada ao tráfico e ignorância sobre os efeitos e a história das drogas lícitas e ilícitas.

Ela é ainda responsável pelo sofrimento de doentes que dependem de substâncias hoje demonizadas.

Não fazemos apologia ao crime, uma vez que pretendemos exatamente transformar o status criminalizado de uma conduta, nem do uso indiscriminado de qualquer substância. E os proibicionistas, podem dizer que não fazem apologia à violência? Nossa defesa é da paz, de um Estado que tenha cada vez menos instrumentos de opressão e que trate seus cidadãos como capazes de tomar suas decisões.

De um lado, estão o fundamentalismo religioso, as indústrias armamentista e farmacêutica, policiais, juízes e políticos corruptos, donos de clínicas que enriquecem com a desinformação alheia e interesses geopolíticos externos. De outro, os que acreditam em uma sociedade que se paute pelo respeito aos direitos humanos e à diversidade.

Temos certeza de que a proibição cairá, assim como caíram os argumentos que sustentavam a violenta repressão à nossa marcha, realizada legalmente pela primeira vez no sábado passado.
O período proibicionista, com suas mortes e tabus, será lembrado no futuro com um democrático arrepio na espinha.

Encurralados, os agentes da proibição recorrem ao discurso do medo e à extorsão emocional.

Respondemos propositivamente, clamando por um debate sem preconceitos para uma nova lei de drogas, convocando a sociedade brasileira a escolher se está do lado dos que estão lucrando ou dos que querem mudanças.


JÚLIO DELMANTO, 25, LEONARDO DIAS, 24, MARCO MAGRI, 25, e PEDRO NOGUEIRA, 25, são membros do Coletivo Desentorpecendo a Razão e da Marcha da Maconha.

Site: coletivodar.org.

Drogas e Educação em Casa

Talvez este não seja o melhor e mais politicamente correto modo de lidar com este tema, mas parece bastante honesto, e muito superior aos absurdos que ouvimos habitualmente. Por este motivo, segue abaixo o relato da RIP


Segue ai:


O que é que vou dizer a meus filhos?
No momento atual, como reagirão os pais ao perceberem que seus filhos estão fumando maconha?

Demora a perceber. As reações são muito parecidas com as das bebidas alcoólicas. E estas são “compreensíveis” nos jovens porque não proibidas. O cheiro forte, a natural olhada nos bolsos ao lavar as roupas, os “faróis de milha” baixos e vermelhos, são muitos os sinais. A geração dos pais os conhece bem; tiveram que disfarçar muito: “quem não tem colírio usa óculos escuros”, já dizia Raul.

Se forem meus filhos (tenho um de 12 e outro de 16 anos), como reagir? Simples, não vai me chocar. Os garotos da idade deles fumam maconha aqui, quase na porta de casa. Tem duas “lojinhas” há menos de 100 metros daqui. Depois da batalha para não ser detonado pelo peso da consciência, o que farei? Castigar, agredir, ameaçar, proibir, censurar, o que mais? Comigo não resolveu. Não vai resolver com eles também.

Para começar apanhei como um cão na infância e adolescência. Não tenho coragem de encostar um dedo em um de meus filhos. Até de repreender, chamar a atenção, discutir, essas coisas que parecem naturais, sinto-me constrangido. Cubro-os de amor com meus olhos, em silêncio... A minha história com eles é complexa. Estava preso quando nasceram. Não pude participar da educação deles diretamente. 

Conversaria. Com toda sinceridade contaria da euforia, do prazer, de como é bom desligar a máquina, ter aquela alegria toda e aquela paz inexplicável, mesmo que apenas momentânea. A parte boa disso tudo. Diria também do “revertério”, da ressaca, da angústia e do arrependimento que vem depois. Comentaria acerca de como poderia prejudicá-los na concentração, nos estudos e na saúde. Dava até para mostrar em livros, vídeos, do modo mais didático possível. Se não resultasse, o que faria?

Tenho dois amigos que estão lidando com o problema de maneira parecida. Um dos amigos percebeu que o filho estava fumando maconha. Segundo ele, seguiu esse caminho que eu faria a princípio. Não deu certo (será que dá certo com alguém?). E daí? Bem, ele reagiu como pode. Não resolveu a questão, mas tentou minimizar consequências. Admitiu que o filho fumasse dentro de casa e é ele quem compra a mercadoria. Por quê? Evidente; fumando ou comprando na rua pode ser preso, roubado ou até morto. Ele concorda comigo que o maior problema da droga é a ilegalidade, pois que promove o tráfico. Violência, armas, crime e mortes são consequências.

A outra é uma amiga advogada com um casal de filhos adolescentes. Ela quem compra, carrega e qualquer coisa é com ela, caso chegue a polícia, por exemplo. Fuma com os filhos em casa normalmente, qual fosse a coisa mais natural do mundo. Mas exige deles um comportamento normal. Tem que estudar. A menina dela, mais velha, já esta trabalhando e estudando. E conviver com todo mundo com naturalidade.

A maioria da molecada aqui do bairro fuma escondido dos pais e de todo mundo. Vire e mexe a polícia pega, bate bastante, humilha e solta todo quebrado. Outro dia morreu um deles aqui. Garoto de 15 anos, em overdose de lança perfume, bebida, drogas e tudo o que pode.

Provavelmente não soube se controlar porque não possuía informação, orientação, ou sei-lá-o-que.

Não sei se meus garotos vão entrar nessa. Acho que devo pensar que é possível e já ter uma idéia de como reagir. Mas, no fundo creio que me restará pensar e agir com coerência. Diálogo me parece o único caminho viável. Estudo, leio e pesquiso tentando estar atualizado sempre. Tenho comigo que é preciso estar preparado para essa e outras surpresas da vida.
**
Luiz Mendes
04/07/2011.

domingo, 3 de julho de 2011

Artigo de membro do Enteogenico vence concurso

O artigo "Uso contemporâneo do badoh negro: uma visão junguiana" de Fernando Rocha Beserra e Carla P. Bezerra venceu o concurso de artigos do forum "Plantas Enteogenas".

O link do artigo está AQUI

É uma honra ter participado do concurso do forum de referência na área. Esperamos animados um crescimento ainda maior do forum.

Fica meu agradecimento a todos que tornaram este artigo possível!

Um dos premios será o livro: "A vida secreta das plantas", o qual já falei que farei a resenha para o forum Plantas Enteogenas e também para este blog e possivelmente para o Hempadão.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

ENCONTRO: “AYAHUASCA E O TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA”

ENCONTRO: “AYAHUASCA E O TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA”
De 12/09/2011 a 14/09/2011                                                  
ENCONTRO: “AYAHUASCA E O TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA”

O Encontro discutirá as diversas nuances do uso ritual da ayahuasca no tratamento da dependência a partir de uma perspectiva multidisciplinar. Reunirá representantes de diversos centros de tratamento espalhados pela América do Sul e pesquisadores acadêmicos das áreas de antropologia, medicina, psicologia e direito. Serão debatidos conceitos como “droga”, “vício”, “saúde” e “dependência”, e os limites entre práticas terapêuticas, religiosas e rituais. Além de contemplar as narrativas sobre as experiências com a ayahuasca, o Encontro procurará também avaliar o êxito destes diferentes programas de tratamento. Por fim, explorará e os limites e possibilidades legais do uso terapêutico da ayahuasca a partir de uma perspectiva comparativa e transnacional, focalizando sobretudo o contexto do Brasil e do Peru.


Local: Anfiteatro da Geografia, na FFLCH, USP, São Paulo, SP


Dias: 12, 13 e 14 de setembro de 2011



Horário: 08:30h – 18:30h



Contato: Marcelo Mercante marcelo_mercante@yahoo.com