Mostrando postagens com marcador mitos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador mitos. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Analise de amostras de LSD



Esse texto é uma tradução que fiz das conclusões de um artigo intitulado “LSD sample analysis” (Analise de amostras de LSD), publicado originalmente no Erowid.org. Os autores fizeram uma série de análises com método de cromotografia, para verificar a concentração de LSD em diversos blotters vendidos atualmente e compararam esses resultados com analises semelhantes feitas nos anos 60,70,80 e 90. Além disso, foi testado a presença de outras substâncias nos blotters, para que pudesse ser checado o argumento de que outras substâncias psicoativas são adicionadas aos blotters de LSD com finalidade de adulteração. Os resultados seguem a baixo.

Artigo completo em: http://www.erowid.org/chemicals/lsd/lsd_article3.shtml

Conclusões e observações

Os dados que analisamos indicam que a grande maioria das substâncias vendidas como LSD são, de fato, LSD, com nenhuma adulteração de outros psicoativos ou substâncias químicas. Dos 134 blotters analisados pelo DEA entre 1976 e 1986, apenas um continha DOB ao invés de ácido. De forma similar, das 2.189 amostras analisadas pela INT entre 1997 e 2003, apenas uma não continha LSD; ao invés disso, continha anfetamina, metanfetamina e temazepam. Portanto, das 2.323 amostras, houve 0,08% de adulteração. Os resultados do PharmChem mostraram uma porcentagem de 8,3% de adulteração em 514 amostras analisadas no período de 1972-1974 e 13% de adulteração nas 2.200 amostras analisadas nos anos de 1969 à 1975. É relevante observar que nesses anos, algumas das amostras analisadas eram na forma de comprimidos ou cápsulas, que são mais facilmente adulteradas do que os blotters. Das 514 amostras testadas pelo PharmChem em 1972-1974 houveram apenas quatro casos de blotters fraudulentos: dois não continham nenhuma substância, um continha DOM e o último continha LSD e PCP. O resto das adulterações ocorreram em formas de LSD que não são vistas há anos. Pode-se concluir que desde os anos 70, adulterações em blotters ou micropontos são raras, e os blotters contendo anfetamina e derivados benzodiazepínicos encontrados pela INT são bastante incomuns.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Nosso LSD tem anfetamina?

Fonte do post: coletivo DAR (Desentorpecendo a razão), que está com esta nova excelente seção: Caçadores de Narco-mitos.
Além de entorpecido pelo discurso oficial, que forja consensos para justificar o injustificável da proibição de algumas substâncias psicoativas, o universo das drogas é cercado por diversos mitos, que ninguém sabe ao certo de onde vieram e nem temos muitos argumentos para questioná-los. Semente de maconha dá dor de cabeça? Aconteceu de verdade o verão da lata? LSD tem anfetamina? O crack foi fabricado pelo governo dos EUA?

Algumas dessas questões podem ter resposta afirmativa, outras não, outras podem nem ter resposta. Nosso objetivo neste caso é apenas questionar. Para inaugurar a seção – que não terá peridiocidade definida – fomos atrás de informações para saber se os docinhos vendidos por aí contém ou não anfetamina. Confira, sugira novos mitos, participe com a gente do processo de desentorpecimento da razão.

BLOTTER DE LSD-25 COM ANFETAMINA?

Como muitos já ouviram, corre o boato de que os “blotters” (papel absorvente) de LSD-25 (dietilamida do ácido lisérgico), o popular “doce”, vendidos nas ruas contém anfetaminas (ou fenilisopropilaminas). Isso porque, diversas vezes, quando tomam a substância, alguns usuários relatam um gosto amargo (LSD-25 não tem gosto) e sentem o efeito “speed” semelhante ao provocado pela ingestão de anfetaminas. Assim, de cara, a maioria compra a ideia e sai replicando tal informação. Dessa maneira nascem os mitos e aos mais inquietos resta à investigação. Com isso, este post objetiva desconstruir e enterrar de uma vez por todas a “lenda do “blotter” de LSD com anfetamina”, contribuindo para o desentorpecimento da razão.