domingo, 2 de maio de 2010

Florinda de la Paz na Marcha da Maconha RJ


Cheguei à marcha um pouco depois do horário marcado: 14:00. Deviam ser 14:30, aproximadamente. Nesse momento estavam lá por volta de 200 pessoas e aos poucos foram chegando mais guerreiros da liberdade. Vi lá já a galera Hempadão, Growroom, Radiolegalize, tinha gente daqui do Enteogenico, da ONG Psicotrópicus, Renato Cinco e todos os organizadores da Marcha do RJ, e muita gente jovem, sem dúvida. Eu, um pouco mais idosa, não pude deixar de notar também a presença de dois outros públicos: alguns idosos incríveis, alguns já conhecidos em sua militância, outros que ali via pela primeira vez. O outro público era mais particular ainda, algumas crianças com seus papais e mamães com camisas prontas para a Marcha, dando o sinal cósmico de que a Marcha seria um evento tranqüilo, harmonioso e importante para a transformação que esperamos. Crianças sempre me lembram esperança.


O amigo sol nasceu para nos ver e pôs-se com seu brilho maravilhoso para iluminar a marcha. Saímos as 16:00 e em pouco tempo já eram milhares de pessoas marchando pela liberdade, por uma política de drogas mais justa, democrática e que promova realmente a saúde pública a cidade e aos seus cidadãos. O lúdico e o político se acasalaram dando uma vividez singular ao evento. O gosto da liberdade é contagiante!




Um único atravessamento da intolerância, um jovem detido por fazer stencil, não poderia tirar o brilho da Marcha.


A legalização da 5ª liberdade: a liberdade de alterar seu próprio sistema nervoso, caminhava passo a passo, especialmente no que confere àquela plantinha tão bela, cannabis sativa ou mesmo indica, uma alma que atravessou o evento do Jardim de Alah ao Arpoador. Quem, com mais sensibilidade, viu a alma da plantinha voando e protegendo, inshallah, todos aqueles que maconheiros ou não maconheiros, viram a urgência de reconquistar nossa liberdade, sem dúvida foi abençoado pela caminhada de tão positiva vibração.


E não é que fui confundida ainda na Marcha? Com minha cara tão singular não poderia imaginar isto, mas eis que uma jovem que me desconhecia achou que me conhecia e assim fui

fazendo novas amizades! Nota: só percebemos que não nos conhecíamos algumas dezenas de minutos depois. Coisas que só a Marcha da Maconha nos proporciona!


Agradeço a presença da Paz e da liberdade neste evento e que os próximos aconteçam já com uso e autocultivo da santa erva descriminalizados.


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