segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Estudantes por uma política de drogas sensata

SSDP (Students for sensible drug policy)

Estudantes por uma política de drogas sensata


SSDP é uma rede internacional de base de estudantes que estão preocupados com os impactos que o abuso de drogas tem nas nossas comunidades, mas quem também sabe que a Guerra as Drogas está falindo nossa geração e nossa sociedade. SSDP mobiliza e enpodera pessoas jovens a participar no processo político, pressionando por políticas sansatas para realizar um futuro mais justo e seguro, enquanto luta contra as contraproducentes políticas de Guerra as Drogas, particularmente aquelas que diretamente causam danos a estudantes e a juventude.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Ethan Nadelmann na 2ª Conferência Latino Americana e 1ª Conferência Brasileira sobre Política de Drogas


Ethan Nadelmann na 2ª Conferência Latino Americana e 1ª Conferência Brasileira sobre Política de Drogas
Ethan Nadelmann: foto tirada do Psicoblog da Psicotrópicus

            Ethan começou e terminou com seu estilo típico: uma fala e argumentação bem construídas, fluidas e sempre afiadas em seu ativismo contra o fracasso da guerra as drogas. Um discurso que afeta. Ele nos pediu desculpas, desculpas pelos EUA que há pouco mais de um século iniciou e liderou a promoção do regime de proibição das drogas.

            Nós sabemos o que este regime produziu, da Liga das Nações a ONU, a internacionalização de uma repressão atroz a venda, produção e consumo de substâncias tornadas ilícitas. Uma repressão que, nos lembra Ethan, é ruim para cada um de nós, sejam usuários ou não.

            Ele nos fala, então, do século XXI: pode ser o século XXI o século onde vamos alterar os rumos da nossa política de drogas? Outra política de drogas, uma verdadeira redução de danos, lembra Ethan, pode diminuir/combater os males produzidos no contexto de “War on Drugs”: do um pólo - doenças, HIV, sofrimento, adicção e em outro - crimes, violência, encarceramento, violação dos direitos humanos, organizações criminosas, etc. 

            Devemos, nos diz Ethan, buscar a regulação do uso, produção e comércio da Cannabis.

            Ao tocar no tema cannabis e EUA, o americano defendeu o governo Obama e disse que queria que a popularidade do presidente estadunidense estivesse como a do Lula. Considerou um avanço a liberdade promovida por Obama, que não existiu durante o governo Bush, para que os Estados deliberem sobre a aprovação do uso medicinal da cannabis, o que tem se ampliado cada vez mais. Ethan torce para que seja aprovada a legalização efetiva da cannabis na Florida ainda este ano. Ademais, Nadelmann nos lembra que uma política produzida durante um século inteiro não se muda da noite para o dia, reforçando que Obama está fazendo exatamente o que falou que faria em sua campanha, inclusive um bom trabalho na prevenção do HIV/AIDS.

            Pegando uma carona no Psicoblog sobre a apresentação de Ethan na conferência, fazemos a citação abaixo:

“Segundo Ethan, 25 % da população de presos do mundo cumpre pena por violar a atual lei de drogas. ‘Nos Estados Unidos temos 5 % da população mundial e 20% da população encarcerada do planeta’”.

            Finaliza sua palestra colocando sua visão acerca dos motivos para a mudança na diminuição dos encarceramentos de usuários, nos últimos anos, nos EUA. Alem dos ativismos, diz Ethan, a razão central é que o governo não tem mais dinheiro, ou seja, a questão econômica é fundamental, considerando o preço exorbitante pago pelo encarceramento em massa. Prender esta população, desarmada e sem colocar em risco a vida dos outros, é um péssimo uso do dinheiro público.

            Certo Ethan, realmente você tem razão.

- Nós postamos apenas uma das palestras assistidas neste dia 27 de agosto de 2010 (2o dia da conferência). A cobertura foi muito bem feita e merece ser lida no Psicoblog, já linkado.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Hempadão e Renato Cinco em Twitaço

Queridos enteogenicos e enteogenicas,

O blog anda um pouco informativo, mas já existem pelo menos 3 textos no forno. O primeiro é uma resenha do livro The Natural Mind do Andrew Weil. O segundo uma diferença entre os paradigmas dos Grof e de Timothy Leary e outros contraculturalistas e finalmente o terceiro uma tradução de um entrevista entre Junajo Pineiro e Joaquim Tarinas sobre o termo enteodélico.

Além disso, continuo uma pesquisa sobre o uso contemporâneo do badoh negro, que pretendo depois divulgar aqui no blog também. De qualquer modo, todo mundo trabalhando é sempre difícil manter uma média alta de posts, por isso estamos ainda procurando novas pessoas interessadas em escrever no blog e dar sempre aquela vida e criatividade necessárias para que nossos esforços se concretizem da melhor forma.

Por hora, deixo um link para os interessados em política de drogas e cultura cannabica. Como já sabem o hempadão é um link já clássico aqui no enteogenico, e no link vai a moçada do hempada conversando com o candidato a deputado federal pelo PSOL, Renato Cinco, um dos principais organizadores da Marcha da Maconha no Rio de Janeiro e militante de longa data por outra política de drogas.

Abraços enteogenicos.

sábado, 21 de agosto de 2010

Cientistas sugerem novo olhar sobre as drogas psicodélicas

Pesquisadores suíços defendem que, em doses baixas, essas substâncias podem auxiliar no tratamento de transtornos psiquiátricos

Reuters | 18/08/2010 20:00


Drogas lisérgicas como LSD, chá de cogumelos e cetamina poderiam auxiliar no tratamento de depressão, transtornos compulsivos e dores crônicas, revelam pesquisadores suíços em um recente artigo publicado no periódico científico Nature Neuroscience.

Foto: Getty Images
 
Drogas psicodélicas poderiam ajudar a tratar transtornos psiquiátricos
A conotação negativa dos alucinógenos impediu que estudos aprofundados e testes sobre os efeitos dos psicodélicos nesse grupo de pacientes avançassem ao longo dos anos. Apesar dos preconceitos sociais, os cientistas revelam um forte potencial clínico dessas substâncias, quando bem dosadas e estudadas de forma séria.

Recentes estudos de imagem cerebral, feitos pelos pesquisadores suíços, mostram que a dietilamida do ácido lisérgico, substância presente no LSD, a cetamina e a psilocibina, podem atuar no cérebro de uma forma positiva, ajudando a reduzir os sintomas de diversos transtornos psiquiátricos.

Segundo os cientistas, essas drogas poderiam ser usadas como uma espécie de catalisador no cérebro, ajudando os pacientes a alterarem a percepção dos problemas ou dos níveis de dor, o que daria um novo embasamento para o trabalho dos terapeutas comportamentais ou psicoterapeutas.

"As substâncias psicodélicas podem dar aos pacientes uma nova perspectiva, especialmente quando memórias reprimidas vêm à tona, e as pessoas podem lidar com essas experiências" revela Franz Vollenweider cientista do departamento de Neurofarmacologia e Unidade de Imagem do Cérebro do Hospital Psiquiátrico da Universidade de Zurich, na Suíça.

Dependendo do tipo de pessoa que usa, da dose e da situação, essas subastâncias podem ter uma ampla gama de efeitos benéficos, defendem os especialistas.

Baixa dosagem

Para Vollenweider e seu colega Michael Kometer, que colaborou no artigo, pesquisas anteriores já sugerem que essas drogas podem ajudar a aliviar doenças mentais agindo sobre os circuitos cerebrais e sistemas de neurotransmissores conhecidamente alterados em pacientes que sofrem de depressão e ansiedade.

Caso sejam usadas como tratamento, entretanto, as drogas só teriam esse efeito positivo quando utilizadas em doses bem baixas, por um curto período de tempo e com acompanhamento de um terapeuta.

"A idéia é limitar o uso, talvez por algumas sessões ao longo de poucos meses, não um tratamento a longo prazo, como é feito com os outros tipos de medicação", endossa Vollenweider.

Um estudo publicado por cientistas norte-americanos constatou que uma infusão de cetamina, anestésico usado legalmente por médicos e veterinários, mas também utilizado de forma recreativa como alucinógeno - pode elevar o humor em poucos minutos em pacientes com depressão e transtorno bipolar.
Para Vollenweider, a pesquisa amplia a gama de medicamentos que podem ser utilizados para tratar transtornos mentais, doença que cresce exponencialmente no mundo todo. O cientista ainda revela que muitos pacientes com graves problemas psiquiátricos ou dores crônicas não respondem o esperado aos medicamentos tradicionais para tratar seus transtornos psiquiátricos.

"São doenças graves, precisam de novas opções de tratamento. Atualmente, o que temos disponível no mercado tem altas taxas de insucesso. Os psicodélicos poderiam oferecer novas estratégias de tratamento para melhorar o bem-estar dos pacientes.”

Fonte: IG
Lido no site da Psicotropicus

domingo, 15 de agosto de 2010

Drogas: cresce o movimento antiproibicionista

ENTREVISTA / Maurício Fiore


mauricio_fiore_edit.jpg
Depois de décadas de pouco ou nulo questionamento à atual política de drogas, cujo eixo é o proibicionismo e a repressão às substâncias psicoativas ilegais, começa a se estruturar no Brasil um movimento antiproibicionista alimentado pela pesquisa científica vinda da Academia e pelo ativismo a favor dos direitos humanos originado nas organizações da sociedade civil.

Para falar sobre o tema, o Comunidade Segura entrevistou Maurício Fiore, que dedica sua carreira à pesquisa sobre consumo de drogas e sobre o debate público das substâncias psicoativas.

Fiore é cientista social e antropólogo e faz parte do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos (Neip), que acaba de publicar o livro "Drogas e cultura: novas perspectivas", no qual Fiore é autor do ensaio "Prazer e risco: uma discussão a respeito dos saberes médicos sobre o uso de drogas". 

Nesta entrevista, Fiore fala sobre os efeitos do estagnação do debate, da monopolização do tema por parte da área médica e explica como esta situação começa a mudar graças à geração de conhecimento tanto no âmbito das ciências naturais, como no das ciências sociais.

Existe no mundo e no Brasil um movimento antiproibicionista consolidado?

Não sei se podemos dizer que já está consolidado, mas acredito que esse movimento existe e está tomando forma em nosso país. Em países desenvolvidos já está mais sólido e tem, inclusive, um apoio financeiro maior de fundações e de grandes nomes, como o de George Soros, entre outros. 

Na última conferência mundial da ONU sobre o tema, cujo objetivo era rediscutir a atual política de drogas, houve um debate muito grande...

Eu não estive presente nessa conferência, mas, pelo que sei, as pessoas se articularam para protestar contra o proibicionismo. No entanto, o movimento não teve o impacto desejado e não tem força política suficiente para causar impacto nas convenções da ONU e ainda depende muito dos próprios Estados. Creio que o movimento cresce. Ainda falta que se consolide, mas eu sou otimista.

sábado, 14 de agosto de 2010

II Conferencia Latino América e I Conferência Brasileira de Políticas de Drogas

II Conferencia Latino América e I Conferência Brasileira de Políticas de Drogas
 

Intercambios, associação civil para o estudo e atenção aos problemas relacionados às drogas, é uma organização não-governamental estabelecida na cidade de Buenos Aires em 1995. A missão institucional destina-se a viabilizar, no âmbito dos direitos humanos, a construção e aplicação do conhecimento de problemas relacionados às drogas.

A Psicotropicus, Centro Brasileiro de Políticas de Drogas, é uma organização não-governamental fundada em 2003 que trabalha para mudar a atual política de drogas. Sua missão é eliminar ou reduzir significativamente os danos causados pela política de drogas vigente, através da mobilização, do diálogo, da informação confiável, apoiando pesquisas e gerando conhecimento para que tenhamos uma sociedade onde o "problema mundial das drogas" seja equacionado.

Há oito anos a Intercambios organiza uma Conferência na Argentina sobre Políticas de Drogas, a qual é concebida como um mecanismo efetivo de reunião de tomadores de decisão políticos, planejadores de políticas, pesquisadores e membros da sociedade civil. O encontro está orientado a repensar os modelos regulatórios e seus efeitos na saúde e nos direitos humanos. No ano passado foi organizada na cidade de Buenos Aires com grande sucesso e impacto a I Conferencia Latino-americana. Essa oportunidade foi onde se antecipou a sentença da corte suprema da Justiça Argentina que descriminalizou o porte de drogas para consumo pessoal e que facilitará o acesso de muitos usuários aos serviços de saúde.
Este ano, a II Conferência Latino-americana e a I Conferência Brasileira sobre Políticas de Drogas serão realizadas na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Campus Centro), no Brasil, e estão co-organizadas pela Intercambios, como organizador geral e Psicotropicus, como organizador local.

Com a II Segunda Conferência Latino-americana e I Brasileira esperamos incentivar o trabalho em múltiplos setores entre distintas áreas do governo, da academia e da sociedade civil, visando abordar as dificuldades para estabelecer eixos de articulação entre políticas públicas e pesquisa nas ciências sociais a nível latino-americano. Particularmente, se espera que a Conferência seja um instrumento para fortalecer os vínculos regionais entre personalidades relevantes na temática, que permita o intercâmbio de informação e a cooperação mútua para impulsionar políticas não-punitivas na região, que como conseqüência, permitirão facilitar o acesso dos usuários de drogas aos serviços de saúde.

O evento contará com a participação de destacados palestrantes nacionais e internacionais, os quais debaterão diferentes temas relacionados com  as políticas de drogas tais como:

•    Contexto sociocultural
•    Os usuários de drogas na agenda dos organismos multilaterais
•    Reformas legislativas na América Latina
•    Políticas sócio-sanitárias
•    Atenção integral aos usuários de drogas
•    Conseqüências da guerra contra as drogas
Inscrições abertas no site do evento: clique aqui

Debate sobre nova política de drogas

Fonte: Hempadão

texto por Marco Hollanda 

fotos por Raoni Alves 

Um debate em que todas as partes interessadas possam participar e opinar é fundamental em um Estado Democrático. Na última sexta-feira, o Hempadão marcou presença na audiência pública “Uma nova Política de Drogas” organizada pelo Deputado Estadual Carlos Minc na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
A mesa foi formada por representantes de praticamente todas as partes interessadas no tema: grupos de defesa dos usuários, professores universitários, legisladores e delegados da polícia do Rio de Janeiro.
Durante boa parte do debate foi discutida a necessidade de mudanças na lei 11.343/06. Com presença marcante na mesa, o jurista e professor universitário Domingos Bernardo criticou a atual Lei de Drogas que, para ele, “favorece o mau policial, o mau deputado e o mau advogado”.

O professor ainda criticou o procedimento adotado pela polícia para separar usuários de traficantes. “Ao ser levado para uma delegacia, o usuário já está sendo privado de sua liberdade. Baseado na presunção de inocência, é preciso que a autoridade policial prove que o porte é destinado para o tráfico de drogas”.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Conferência






Stichting OPEN orgulha-se de organizar a primeira conferência acadêmica sobre a pesquisa psicodélica. Oferecemos-lhe dois dias do século 21, pesquisa de ponta em psicodélicos e da experiência psicodélica. A conferência é organizada para todos aqueles com um interesse sério em pesquisa psicodélica.

A conferência de dois dias, vai incluir uma variedade de palestras, diálogos interativos e apresentações de dados de pesquisas recentes.  Acadêmicos, terapeutas e médicos de vários países irão discutir o uso de psicodélicos de sua própria perspectiva disciplinar.

Todos com uma vontade de inclinar-se mais sobre a pesquisa psicodélica são convidados a participar neste evento único, sejam eles pesquisadores, médicos ou estudantes.

Site do Evento: http://www.mindalteringscience.com/

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Em defesa da ciência

Lido em: Coletivo DAR

Dartiu Xavier da Silveira

Publicado pelo Zero Hora

Doutor em Psiquiatria e Psicologia médica

A maconha tem sido utilizada há séculos por suas propriedades terapêuticas e seu uso medicinal vem crescendo progressivamente em diversos países (EUA, Canadá, entre outros) graças à possibilidade de verdadeiros pesquisadores testarem suas hipóteses. É assim que caminha o avanço científico. Em inúmeras áreas, principalmente na medicina, observamos, felizmente, que barreiras moralistas e preconceituosas são derrubadas dando lugar a descobertas muito importantes para a humanidade. É o caso dos estudos com as células-tronco. No campo da dependência de drogas o cenário é o mesmo. Não haverá evolução no tratamento de dependentes e usuários pesados de drogas se permanecermos fechados a preconceitos. Este comportamento pautado em ideologias é na sua essência anti-científico! Têm sido muito animadores os resultados obtidos a partir de centenas de pesquisas científicas sérias comprovando a eficácia do uso de princípios ativos da maconha no tratamento de múltiplas doenças tais como glaucoma, dor crônica, ansiedade, câncer, AIDS e esclerose múltipla. Nos países verdadeiramente abertos à pesquisa e ao desenvolvimento da medicina os doentes que sofrem destes males já podem contar com os benefícios destes resultados incorporados ao seu tratamento.

sábado, 7 de agosto de 2010

Estudo experimental com maconha - estudo de Andrew Weil

O estudo data de 1967 (saindo na Science em 1968), quando Andrew Weil ainda encontrava-se terminando a graduação de medicina em Harvard. Na época temia-se repercussões de todo tipo, após o episódio de Timothy Leary e Richard Alpert, o que dificultou a pesquisa de Weil que, como auxílio, teve o pesquisador, que levou a frente o projeto, dr.Norman Zinberg.

Antes deste estudo haviam apenas 3 estudos onde a cannabis fora administrada a seres humanos. O primeiro de 1933, da Zona do Canal, foi devido ao aumento do uso da cannabis por soldados americanos. O segundo, em 1944, foi o La Guardia, que de acordo com Weil: "causou fortes ataques ao Bureau Federal de Narcóticos e à Associação Médica Americana" e, finalmente, o terceiro foi conduzido pelo Public Health Service Hospital.

Andrew Weil e Norman Zinberg, portanto, aplicando uma metodologia experimental mais recente, um estudo humano cego e cruzado. Todos os participantes da pesquisa participaram por prévia seleção e constituiram dois grupos, um grupo de usuários regulares de cannabis e outros de participantes que nunca haviam usados maconha.

Os resultados de Weil e Zinberg foram os sumariados abaixo (como na revista Science):
obs: importante lembrar a data do estudo e seus contextos sócio-históricos.

1. É exequível e seguro estudar os efeitos da maconha em voluntários humanos que fumem em laboratório.

2. Num setting neutro, as pessoas que nunca experimentaram maconha não têm fortes experiências subjetivas depois de fumar doses altas ou baixas da droga, e os efeitos que relatam não são os mesmos que os descritos por usuários regulares de maconha que tomam a droga no mesmo setting neutro.

3. Pessoas que nunca experimentaram maconha demontram desempenho prejudicado para testes intelectuais e psicomotores simples depois de fumar maconha; a deficiência em alguns casos é diretamente proporcional à dose.
4. Usuários regulares de maconha ficam num estado alterado de consciência num setting neutro, mas não demonstram a mesma deficiência de desempenho nos testes que os pacientes que nunca fumaram. Em alguns casos, seu desempenho parece mesmo melhorar depois de fumar maconha.

5. A maconha aumenta moderadamente a pulsação.

6. Não se segue nenhuma alteração na taxa respiratória depois da administração de maconha por inalação

7. Não ocorre nenhuma alteração no tamanho da pupíla numa exposição de curta duração à maconha.

8. A administração de maconha causa dilatação dos vasos sanguíneos conjuntivais.

9. O tratamento com maconha não produz alteração nos níveis de açucar no sangue.

10. Num setting neutro, os efeitos fisiológicos e psicológicos de uma só dose inalada de maconha parece atingir a intensidade máxima depois de meia hora de inalação, diminui depois de uma hora, e dissipa-se completamente em três horas.

A.T.Weil, N.E. Zinberg, J.M. Nelsen, "Clinical and Psychological Effects of Marihuana in Man", Science 162 (13 de dezembro de 1968, p.1-234).

Outras conclusões de Weil são muito ricas no livro e impressionantes. Depois eu posto mais coisas deste autor fascinante, criador da medicina integral.

Livro fonte: Drogas e Estados Superiores de Consciência

Após 3.000 mortes em 18 dias, México quer discutir legalização das drogas

Fonte: Coletivo Desentorpecendo a Razão

DA ANSA, NA CIDADE DO MÉXICO

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O presidente mexicano, Felipe Calderón, se disse nesta terça-feira que está disposto a discutir a legalização das drogas no país, após tomar conhecimento de que, em apenas 18 dias mais de 3.000 pessoas morreram em crimes ligados ao narcotráfico.

“O debate deve ocorrer havendo pluralidade”, disse Calderón, em resposta à proposta do responsável pela ONG México Unido contra a Delinquência, Eduardo Gallo.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Tecendo a rede no universo enteogenico

Embora não tão grande quanto as vezes desejaríamos, existe alguma rede virtual entre pessoas e sites ligados a enteogenia. No menor dos casos, temos os links que nos aproximam da produção e informação produzida sobre o assunto.


Aproximando estas parcerias, recebi o convido do En Teo, o qual agradeço, para participar do blog moksha do site Enteogenos.org, referência neste campo. O blog, entretanto, visa tratar de assuntos que tangenciem o universo enteogenico, assuntos como: artes, filosofia, ciência, espirtualidade, etc.


Ontem pude finalmente estrear no blog, num post de tendência mais poética do que informativa sobre a imaginação e o imaginal, que encontra-se AQUI


Outra notícia é que estamos re-estruturando o grupo de estudos sobre enteógenos que havia parado. (gratuito, provavelmente quinzenal, preferencialmente autogestionário) Qualquer interesse basta entrar em contato.