quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Conselho de Psicologia flagra castigos físicos e tortura, entre outras irregularidades



BRASÍLIA – O Conselho Federal de Psicologia (CFP) divulgou nesta segunda-feira um relatório mostrando a situação de calamidade dos estabelecimentos para internação de usuários de drogas. Nas visitas, foram identificadas irregularidades, como castigos físicos, tortura, falta de higiene, trabalho forçado, preconceito contra homossexuais, obrigação de seguir religiões específicas, impedimento de comunicação com o mundo externo, exposição a situações de humilhação e falta de alimentação apropriada.
O documento é resultado de vistorias realizadas em 68 instituições de 24 unidades da federação nos dias 28 e 29 de setembro. As clínicas são privadas, mas algumas têm convênio com o poder público. Na avaliação do conselho, o modelo de tratamento de dependentes praticado nos estabelecimentos é uma violação à Lei Antimanicomial, que prega a integração social e familiar do dependente ao longo do tratamento, e não o isolamento.
Um dos locais que mais chocou o conselho foi a Comunidade Terapêutica Grupo Oficina da Vida, em Teresina (PI). Como punição para o descumprimento de regras internas, os pacientes são obrigados a cavar um buraco de três metros por três em terreno pedregoso e depois cobrir de novo com terra. Na Shalom and Life, em Macaé (RJ), os pacientes são compelidos a carregar uma pedra dentro de um saco plástico como forma de reconhecimento de sua culpa.
Na Comunidade Nova Jericó, em Marechal Deodoro (AL), é preciso rezar a Ave Maria como punição por eventuais desobediências. Há também quartos de isolamento, onde a pessoa fica sem luz e sem ventilação pelo tempo em que os funcionários determinam, dependendo da falta cometida. Os adolescentes ficam nos mesmos espaços dos adultos. Se um paciente quiser usar o telefone, precisa ser acompanhado por um funcionário.
A Amparu – Comunidade Terapêutica Vida Serena, em Várzea Grande (MT), é uma instituição evangélica onde os pacientes são obrigados a assistir ao culto. Lá, a prática é a chamada “Aprendizagem Rápida”, que consiste em acordar o interno às 4h da manhã para ele capinar um terreno por duas horas, sem intervalo para descanso.
O Lar Cristão, em Cuiabá (MT), é uma instituição evangélica onde as pacientes são obrigadas a seguir as regras do local – que são as mesmas da igreja Assembleia de Deus. Quem se recusa a obedecer fica sem refeição até mudar de ideia.
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LEIA O RELATÓRIO COMPLETO AQUI.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Reforma Psiquiatrica Ameaçada!

ASSUNTO: Reforma Psiquiátrica Ameaçada

Nós, da Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial (RENILA), temos acompanhado atentos e preocupados o debate que se processa no interior do governo Dilma sobre as medidas a serem adotadas para o cuidado dos usuários de crack, álcool e outras drogas. É visível o embate interno ao governo relativo à possibilidade de incorporação das chamadas “comunidades terapêuticas” como um recurso do Sistema Único de Saúde passível inclusive, de ser financiado diretamente pelo governo federal.

Tal condição associa-se ao absurdo debate em torno das internações compulsórias de usuários de crack, álcool e outras drogas, posição que, apesar de ser sistematicamente rechaçada pelos equívocos jurídicos e assistenciais que comporta, vem, reiteradamente, sendo reintroduzida com muita força.



Identificamos como ponto de sustentação das propostas apresentadas pelo governo federal, a articulação existente entre a Ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, setores religiosos que se expressam no Congresso Nacional e as Federações das comunidades terapêuticas que são patrocinadoras do projeto político da Ministra, senadora eleita pelo Paraná.



Entendemos que o triunfo desta perspectiva representa um retrocesso na política da Reforma Psiquiátrica e uma ameaça para o SUS, num momento em que o próprio governo se vê inundado por crises invariavelmente relacionadas com a malversação de fundos públicos e a corrupção gerada por modos de relação promíscuos, via transferência de dinheiro público para organizações não-governamentais. Reconhecemos que a legitimidade social das comunidades terapêuticas advém de sua condição de serem empreendimentos autônomos, geradas por iniciativas da sociedade no vácuo de respostas públicas para os usuários de álcool e outras drogas por parte do Estado.



A inclusão das comunidades terapêuticas no campo da saúde violará o SUS e a Reforma Psiquiátrica em seus princípios e objetivos e o que é pior, reintroduzirá a segregação como modo de tratamento, objetivo oposto ao que orienta os serviços substitutivos, resgatando no mesmo ato a cruel face de objeto mercantil para o cuidado em saúde, ao privatizar parte dos recursos assistenciais.



Que a escolha por uma comunidade terapêutica e pela supressão dos direitos de cidadania seja a opção de alguns é algo que só pode ser respeitada no plano da decisão individual, mas jamais como oferta da política pública e resposta do Estado à sociedade.



A questão que se coloca hoje, com o confuso, parcial e precipitado debate sobre as drogas, convoca-nos à urgente mobilização em defesa do SUS e da Reforma Psiquiátrica, ameaçados, neste momento, pelo envio, por parte do Ministério da Saúde, à Comissão Intergestora Tripartite (CIT), de proposta de portaria que inclui as comunidades terapêuticas como serviços integrantes da rede de atenção psicossocial.



Apelamos à CIT que não aprove estas portarias ministeriais até que o governo federal estabeleça um diálogo com as entidades que têm se pronunciado contrários a esta forma de se pensar e fazer política. Que se aguarde a Consulta Pública, estratégia gestada pela Secretaria Geral da Presidência da República, onde todos poderão opinar e construir coletivamente uma política para os usuários de álcool e outras drogas e não apenas as Federações de Comunidades Terapêuticas, únicas entidades recebidas pela Presidenta Dilma.



Nossa posição não é sustentada em interesses particulares nem em preferências. É coerente cm a ampla mobilização social em todo o país que resultou na IV Conferência Nacional de Saúde Mental-Intersetorial, fórum que foi claro e decidido neste ponto: comunidades terapêuticas não cabem no SUS, como também não cabem internações compulsórias. O tratamento dos usuários de álcool e outras drogas, incluído neste conjunto o crack, deve seguir os princípios do SUS e da Reforma Psiquiátrica, sendo também este o caminho a ser trilhado pelo financiamento: a ampliação da rede substitutiva.



III ENCONTRO NACIONAL DA RENILA

Goiânia, 17 a 20 de Novembro de 2011.

domingo, 27 de novembro de 2011

Uruguai perto de legalizar o cultivo caseiro de maconha

por Marco Hollanda
Fonte: Hempadão

Há tempos o Hempadão vem noticiando que parlamentares doUruguai estão elaborando um projeto de lei para regulamentar o cultivo de maconha para uso pessoal. E não é de hoje nosso pequeno vizinho ao sul da fronteira adota medidas progressistas nesta área. Por lá, o porte de drogas para uso pessoal já é descriminalizado e Constituição Federal uruguaia tem dois artigos que reconhecem os direitos individuais em relação ao corpo e vida de cada cidadão. Ou seja, não cabe ao Estado fiscalizar o que cada indivíduo consome. Entretanto, a conduta de compra e vende de drogas segue ilegal.


Uma reportagem publicada pela Folha de São Paulo neste domingo explicou os detalhes dos projetos de lei que ganharam força após a prisão por 95 dias de uma senhora de 67 anos que cultivava alguns pés da erva proibida em casa. A ação ainda corre na justiça e em breve deve ser julgada pela Suprema Corte uruguaia.


Na proposta elaborada pela base governista cada pessoa pode ter até oito pés de maconha (que podem gerar até 2 kg da erva), autoriza a criação de cooperativas de cultivo controladas pelo governo e limita em 25g a quantidade de cannabis que cada cidadão pode portar nas ruas. Também está em tramitação o projeto de um partido conservador de oposição que autoriza o cultivo caseiro (sem determinar a quantidade de pés), mas defende o aumento da pena de prisão para traficantes.


diputado-sebastian-sabini


"A questão é proporcionar ao usuário acesso legal à maconha, permitindo também sufocar o narcotráfico. Nossa legislação é cheia de falhas", disse à Folha o deputado Sebastián Sabini, coautor do projeto da Frente Amplia, que faz parte da base governista.


Enquanto isso os usuários brasileiros precisam se contentar com a decisão do STF que felizmente garantiu o nosso direto constitucional de lutar pela legalização. Quando o assunto é política de drogas são os uruguaios que merecem ostentar cinco estrelas no peito!


Só que a nossa lei nem sempre é respeitada...


E a prova está em uma pequena nota divulgada pelo jornal Região Noroeste. Durante uma audiência realizada no fórum da cidade de Votuporanga (SP) o promotor de Infância e Juventude, Eduardo Boiati, ordenou que um jovem de 14 retirasse uma camiseta com a estampa de uma folha de maconha.


Diante da negativa do menor a polícia foi chamada e o adolescente foi levado para delegacia onde foi autuado por apologia ao crime. Mas não custa lembrar que durante o julgamento da ADPF 187 em junho deste ano o ministro Celso de Mello deixou bem claro que o uso de camisas com a folha de maconha não pode ser criminalizado.




"Defender a descriminalização de certas condutas previstas em lei como crime, não é fazer apologia de fato criminoso ou de autor de crime. Igualmente, não configura o crime deste art. 287 a conduta daquele que usa camiseta com a estampa da folha da maconha, por ser inócua a caracterizar o crime e por estar abrangida na garantia constitucional da liberdade de manifestação do pensamento”, disse Celso de Mello.


Resta saber se o respeitável promotor vai ser enquadrado por desrespeitar uma decisão do Supremo Tribunal Federal.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Palavras Alucinantes: enteógenos, psiquedélicos e outras realidades semânticas

Fonte: Hempadão - Portas da Percepção


por Fernando Beserra



To fathom Hell or soar angelic,/ Just take a pincho of psychedelic



Parece não existir consenso: do pesquisador, passando pelo usuário, atravessando o território do curioso, até chegarmos ao proibicionista, ninguém parece ter uma fórmula irrefutável ou ideal para definir uma classe misteriosa de substâncias psicoativas, que pode levar do céu ao inferno, e a realidades muito distintas das habituais.



Os termos usados para tentar uma definição são muitos! D. Johnson utilizando o termo de H. Osmond e dos americanos A.Hoffer e J.Smythies popularizou o péssimo termo alucinógeno. Este vocábulo nos leva a pensar que o consumo destas plantas ou substâncias levaria a uma alucinação no sentido psicopatológico, produzindo uma “visão de adoecimento” do uso tradicional destas substâncias, ou seja, um etnocentrismo sem tamanho! Para o ocidental focado na razão é simples e cômodo ver os povos indígenas transformados, através de uma retórica tão tosca quanto absurda, em doentes ou toxicômanos.





Claudio Naranjo, em “Viagem para a cura: narco-análise e psiquiatria” propôs denominações como sensibilizadores (felling enhancer) ou onirógenos (fantasy enhancer) para estas substâncias (apud Henrique Carneiro). O próprio Richard Evans Schultes (Carneiro, 2002), autoridade na área, considera que a multiplicidade de termos deriva do desconcertante objeto em questão, para o qual o termo alucinógeno não dá conta.



O antropólogo Jeremy Narby escreve que: “etimologicamente, hallucinari significa em latim ‘errar com seu espírito, divagar’ (...) É recentemente no século XV que a palavra hallucinari adquiriu o sentido pejorativo de equivocar-se”



Na mesma linha de abordagem se encontra o termo psicotomimético, conceito derivado do século XIX do francês J.J Moreau de Tours (Stafford, 1983). Tours foi “o primeiro a levantar a esperança que produtos químicos poderiam produzir insights em direção ao alívio da doença mental” (op.cit, p.7). Com este termo supõe-se que os enteógenos produzem uma cópia ou mimese da psicose, entretanto, no uso de enteógenos o usuário mantém uma consciência que se encontra ausente na, assim chamada, “crise” psicótica. Outro fator a ser considerado é que dificilmente uma condição chamada psicótica leva a experiências visionárias tomadas pelo sujeito que participa da experiência como profunda modificação positiva em sua vida, o que é relativamente comum no caso dos enteógenos.



Para não nos limitarmos as palavras e argumentos dos proibicionistas, não é de hoje que pesquisadores procuram termos que expressem o mistério. Em 1924 o pesquisador Louis Lewin propôs o termo “Phanthastica”, procurando escapar as visões etnocêntricas em voga. A classificação geral das substâncias psicoativas de Lewin fazia cinco distinções categóricas: 1) Euphorica (ópio e seus derivados, cocaína), Phantastica (mescalina, maconha, meimendro, etc.), Inebriantia (álcool, éter, clorofórmio, benzina, etc.), Hypnotia (barbitúricos e outros soníferos) e Excitantia (café e cafeína, tabaco, cat, cola, etc.).



Mas, queridos leitores, foi em meio a uma épica batalha poética que surgiu um dos mais inovadores termos ainda hoje utilizados: psiquedélico!



No decorrer das discussões sobre a inadequação do termo “alucinógeno” Humphry Osmond trocou algumas cartas sobre nomenclatura com Aldous Huxley. Numa carta de 1956, Osmond propôs a Huxley a utilização do termo psiquedélico para referir-se a mescalina e as substâncias relacionadas (Ott, 2004). Huxley, que tinha problemas de vista, confundiu a palavra por psicodético e, em sua proposta a Osmond em 30 de março de 1956, propôs fanerotime (aquilo que se faz manifesto) como alternativa. Osmond iniciou um duelo lingüístico com o inglês, respondendo a Huxley com a seguinte poética:
Para penetrar no inferno ou ter um vôo angélico,/ simplesmente tome uma pitada de psiquedélico (“To fathom Hell or soar angelic,/ Just take a pincho of psychedelic”).



Ao que Huxley respondeu: “Para que este mundo trivial seja sublime/ Tome meia grama de fanerotime (‘To make this trivial world sublime/ Take a half a gramme of phanerothyme’)”.



Finalmente em 1963 o termo psychedelic ganhou as ruas, sendo popularizado pela publicação The Psychedelic Review fundada por Timothy Leary, Ralph Metzner e Humphry Osmond. As críticas a palavra: “psiquedélico” e as novas palavras propostas nesta “Guerra das Palavras” (e também de realidades!) traremos a discussão semana que vem!



E você, leitor, qual palavra acha mais adequada?

sábado, 19 de novembro de 2011

Fernando Beserra fala sobre internação compulsória

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Chamada: AMANHÃ - DIA PELA LEGALIZAÇÃO DA MACONHA RJ e SP

Caros militantes pela legalização da maconha,

Amanhã (18/11) é nosso
DIA!

A partir das 13h no Largo de São Francisco, em frente ao IFCS, campus da UFRJ (pertinho do Metrô da Uruguaiana) estaremos em concentração para sair em passeata às 16h20min em direção à Cinelândia. Lá, em meio ao Ocupa Rio, teremos uma exibição do já histórico filme Cortina de Fumaça, uma roda de debates e um ensaio improvisado do bloco Planta na Mente (a banda está de férias mas os músicos vão se reunir especialmente para o Dia).

O Dia pela Legalização da Maconha é uma iniciativa do Movimento pela Legalização da Maconha-MLM apoiada e abraçada pelo Smoke Buddies #SB e pelo Planta na Mente. É apenas a primeira edição da maior manifestação pela legalização da maconha do segundo semestre, que se espera cresça a cada ano, como a Marcha da Maconha. A ideia já transbordou o Rio de Janeiro e um ato semelhante vai ocorrer amanhã em São Paulo também.

Todos os que lutam pela legalização devem ir protestar contra casos revoltantes como a condenação de Sativa Lover e a permanente ameaça de prisão que os ativistas cultivadores sofrem. Todos devemos protestar contra a criminalização dos movimentos sociais que teve como grande exemplo recente a repressão violenta ao movimento estudantil da USP, que radicalizou seus protestos após atos de truculência contra usuários de maconha.

Todos que lutam pela legalização também devem celebrar esse ano histórico na nossa luta, com vitórias conquistadas nas ruas que ecoam nos tribunais. O Supremo Tribunal Federal "proibiu proibir" e jogou um grande balde de água fria nos amantes da censura e da repressão, aqueles que protagonizaram as tristes cenas da primeira Marcha da Maconha de São Paulo esse ano e que vinham impedindo nosso direito constitucional de organização política em diversas cidades.

Sem sequela! Todos às ruas!

Dia pela Legalização da Maconha

13h
- concentração
- exposição surpresa da galera do #SB
16h20min
- Início da passeata
- Trajeto: Largo de São Francisco - Ruo do Ouvidor - Rua Uruguaiana - Rua da Carioca - Rua Treze de Maio - Cinelândia
18h
- exibição do filme Cortina de Fumaça
- debate sobre a legalização no #OcupaRio
- Ensaio aberto do bloco Planta na Mente

Evento no Facebook
http://www.facebook.com/groups/175533162520878/203211826419678/?ref=notif&notif_t=group_activity


sábado, 5 de novembro de 2011

Arte Visionária

Tenho realizado estudos na chamada "arte visionária" e me encantado cada vez mais a cada dia. Daí o post no Hempadão, também publicado aqui, sobre arte visionária e enteogenos. Daqui a pouco sairá um artigo, que pretendo postar aqui e no meu novo blog sobre psicologia complexa. Seguem algumas imagens do pintor Brigid Marlin, guiado por Ernst Fuchs (Escola de Viena do Realismo Fantástico), e que tem sido mais um expoente da arte visionária.



Abraços e até a próxima.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Desembargador do TJ/RS e Ministério Público RS processam coletivo Princípio Ativo

Verdadeiro absurdo! O Coletivo Princípio Ativo (PA) do RS, um dos importantes coletivos antiproibicionistas brasileiros, está sendo processado por uma crítica realizada a um desembargador choroso, que não aceitou as críticas e tratou de processar o coletivo. Infelizmente a liberdade de expressão ainda tem muito, mas muito mesmo, o que avançar no Brasil. Quer dizer, se se tratar de um pobre, a liberdade de expressão ta valendo, mas se for a um membro do judiciario a história é outra. A igualdade parece estar bem longe mesmo.


Lamentável. Segue a reportagem no site do PA.


Todo apoio ao Coletivo Princípio Ativo!


No ano de 2010, como de praxe, o coletivo Princípio Ativo, por meio de seus advogados, impetrou habeas corpus (salvo conduto) para que a Marcha da Maconha ocorresse com tranquilidade, dentre os tais marcos legais teoricamente previstos na Constituição Federal de 1988.


Contudo, o juiz à época, Sr. Ícaro, indeferiu (negou) o HC, sob a alegação de que a realização da Marcha da Maconha, por si só, incentivaria o uso da erva, bem como caracterizaria, sim, apologia ao crime. E a história não parou por aí…


Naquele ano, recorremos da decisão, e em segunda instância (TJ/RS) foi-nos concedido o salvo conduto, com argumentos semelhantes ao da decisão do STF – e a Marcha da Maconha 2010 foi ótima e sem ocorrências.


Neste meio tempo, entre uma decisão e outra, publicamos em nosso sítio na internet um pequeno artigo criticando a decisão de Vossa Excelência, Sr. Ícaro, que hoje está Desembargador aqui em terras guascas.


Inconformado com a crítica produzida pelo grupo, o Sr. Desembargador registrou Termo Circunstanciado (TC), alegando ser vítima de “injúria e difamação”. O MP/RS, então, ofereceu denúncia contra os réus – neste caso, Leonardo Günther (como integrante que assina a inscrição do site) e Pedro Gil (como susposto autor do artigo) por crime contra honra de funcionário público no exercício da função (!).

Na última segunda-feira, dia 24.10.11, ocorreu a primeira audiência, com a proposta de suspensão do processo proposta pelo MP/RS. O juiz acolheu a denúncia sem ao menos lê-la – valendo dizer que, amparado em portaria flagrantemente inconstitucional baixada pelo diretor geral do Fórum Central de Porto Alegre, a audiência não foi pública.


Apoiadores do Princípio Ativo e de outros movimentos sociais tentaram acompanhar a audiência e foram impedidos de presenciar a mesma, sob forte repressão dos seguranças do Fórum.


Frente ao ocorrido, o Princípio Ativo repudia toda a forma de tentativa de criminalização dos movimentos sociais produzidas pelo Estado, em especial do Poder do Judiciário e do Ministério Público – este último com histórico (vergonhoso, diga-se) de tentativas de desmantelar movimentos sociais no estado do Rio Grande do Sul, com apoio da Brigada Militar, dupla esta que ainda segue atuando.




Diante deste cenário, pergunta-se: num Estado de Direito, dito Democrático, não é permitido a crítica às decisões de autoridades do judiciário? Sendo assim, o desembargador que cassou a decisão do juiz singular também o teria difamado e injuriado? E aqueles que escreveram livros criticando a atual política de drogas no país, também merecem ser processados – uma vez que questionam (e provam) a total ineficiência da política proibicionista? Quem sabe não tenhamos também que processar o atual governador do estado, Tarso Genro, que já se posicionou favoravelmente a um diálogo sobre a falência da guerra às drogas?


Enquanto perguntas pertinentes como estas pairam no ar, a proposta de suspensão do processo feita pelo MP/RS inclui, além de reconhecermos que temos “culpa”, também as penas de 30 dias sem ausentar-se da comarca, 2 anos apresentando-se trimestralmente para justificar nossas atividades e uma cesta básica no valor de R$ 500,00 ou 3 meses de serviço comunitário.


Em escrito de 2005 publicado na seção de Cultura do jornal La Insignia, o humorista Millôr Fernandes tecia elogios ao Latim popular – vulgo palavrão. Dentre estes, um em especial, que, segundo o humorista, “te libera, com a consciência tranquila, para outras atividades de maior interesse em sua vida“. Assim ocorre que, quando indagados pelo juiz se aceitávamos a proposta, somente uma resposta nos foi possível:


- Nem fudendo, Excelência!


Solicitamos a todos os parceiros que lutam, no país, por uma outra ganja possível, que publiquem amplamente esta nota, manifestando apoio!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Enteógenos e Massificação

Fonte: Hempadão


por Fernando Beserra
Não é novidade que vivemos em uma sociedade onde alguns setores procuram nos iludir, através da comunicação de massa, de nossa suposta diversidade. Cada vez mais slogans de liberdade, inclusão e respeito à alteridade são misturados e confundidos na sociedade de consumo, com formas de controles sutis. Propagandas em uníssono travestem suas verdadeiras intenções em novas formas de comportamento cool (maneiro, fodasso). É a antiga expressão tomando vida: “O lobo em forma de cordeiro”. Não se fala do produto, mas se mostra o comportamento desejado, desejável, com a “grife” aparecendo apenas de forma rápida, no fundo, quase de maneira subliminar. Não compre, seja. Nós somos legais, compre! Somos atravessados pela propaganda e pelo fetiche, enquanto à mercadoria é agregado valor. Entretanto, o consumidor, quando passivo, ao registrar e incorporar ingenuamente estes novos modelos de comportamentos, perde o que há de mais essencial em seu ser, seu próprio sentido, o que Jung chamou de “Si-mesmo”, as tradições taoistas de “Tao”, e o misticismo cristão de “Cristo interior”. Como diz o Jesus bíblico em Lucas, ou como o repetiu tantas vezes o anarquista cristão Leon Tolstoy: “O reino de Deus está dentro de vós”. Mas somos tomados de máscaras sociais, personas, que, por vezes tão necessárias, quando identificadas a quem realmente somos, acabam tornadas vampirescas, tornando sombria aquela voz mais própria que agoniza em nossas profundezas.


Não há dúvidas que sociedades totalitárias, mesmo quando travestidas de democráticas, em seus gestos leves e tênues, desejam conquistar cada vez mais fiéis as suas bases. No caso contemporâneo o Deus que se forma e nos deforma é certamente o necessário, mas problemático, dinheiro. Entronamos ainda outro Deus que, assim como o dinheiro e as religiões instituídas, nos impede o contato com a experiência religiosa, eis seu nome: Razão. São séculos de positivismo e racionalismo e, olhe pela janela, o mundo não é um lugar melhor. Ao contrário do que previsto pelos reformadores, infelizmente o iluminismo não iluminou nossa vida, mas a tornou cinza, o cinza da fumaça do céu poluído pelo “progresso” que nunca chega, nem chegará. MP3, MP4, MP5 e BOOM. A tecnologia é muito útil, mas é incapaz de fornecer ou produzir seres humanos capazes de lidar com o potencial destrutivo dela mesma, ao contrário, dentro da cosmovisão positivista só criamos em série, em massa, seres despersonalizados, e acabamos caindo no circulo vicioso: sempre melhorando tecnologicamente e sempre decaindo em nossa imbecilização.

O leitor atento perguntará: mas o que esse cara ta falando? Onde estão os enteógenos? Antes de responder esta pergunta, gostaria de voltar a religião, a pergunta: mas, afinal, o que é religião? Pois trato aqui da religião em seu sentido originário: “religere” que significa uma acurada e conscienciosa observação do que o teólogo protestante Rudolf Otto veio a chamar de “numinoso”. As tradições “religiosas” que defendem a risca seus dogmas se colocam, logo, frontalmente contrários a atitude religiosa, pois sabem com clareza que se seus fiéis olharem de forma acurada para o numinoso, o próprio dogma será transformado. Nas palavras do Papa da contracultura, Dr. Timothy Leary: “É o meu trabalho corromper pessoas jovens com a infecciosa e contagiosa idéia de liberdade individual. É o meu trabalho encorajá-lo e empoderá-lo a pensar por si mesmo e questionar a autoridade”[1]

Todavia, se nos esforçarmos pela contraposição à massificação, nosso comportamento poderá ser tudo, menos somente racional. É preciso que nos individuemos, tornemos aquilo que realmente somos, nossa unicidade última e irrevogável, a realização de nosso mais pessoal e rebelde a toda comparação. Para isso, o caminho é árduo, e a conversa com a nossa voz interior mais do que necessária. Ao olhar numa experiência enteogênica para Deus, para esta realidade numinosa, tão apavorante quanto bela, que nos entorta, nos faz perder as bases, da razão e da irrazão, do em cima e do embaixo, ficamos a imaginar o quão pequeno somos, quanto caminho ainda nos falta para entender o que se passa. Existe ainda uma abertura para uma liberdade incrível, e se pudermos aproveitar essa liberdade com responsabilidade, poderemos ampliar nossa autonomia refletindo positivamente nossa alma no mundo.

Resgatar as antigas tradições de uso das plantas de poder não é banal. Temos uma enorme responsabilidade diante de nós. Quem não quiser segurá-la e fazer parte desta jornada, que retorne a novela das 8, mas jamais conhecerá o oito invulgar e olhará em sua nudez seu defeitos e faltas, suas virtudes e potencialidades, e aproximar-se-á do trajeto único, acausal e indeterminável. O uso de enteógenos certamente não é o único caminho, mas eles são hoje agentes de cura de nossa doença social, mas apenas se formos capaz de integrar as mensagens advindas do inconsciente, se formos capazes de superar ao mesmo tempo o individualismo narcisista e a massificação coletivista. Eis a nossa hercúlea obra, eis a magna obra.


[1] - Its my job to corrupt young people with a contagious infectious idea of individual freedom. Its my job to encourage you and empower you to think for yourself and question authority.

Uma visão Xamã - parte II

Fonte: Hempadão

por Chaos Baby


Hoje damos continuidade ao assunto iniciado na semana passada. Leia a primeira parte aqui!


Tais estados que já observamos em vários outros artigos, onde já demos uma rápida olhada dentro da percepção de Stanislav Grof a respeito das crises transformacionais, emergências espirituais e tipos de viagens que podemos ter com o auxílio do enteógeno. Ainda a explicação do universo de Dom Juan, por Víctor Sánchez:


As emanações normalmente alinhadas são conhecidas como a consciência normal, o Tonal, o lado direito, etc. Dentro da banda do homem fica um grande número de emanações acessíveis, mas descartadas, que permanecem como possibilidade latente ainda que geralmente ignorada durante toda a vida, aquelas que fazem a ante sala do conhecido. As emanações além da banda do homem constituem propriamente o desconhecido e jamais são alinhadas no contexto de pessoas comuns. A ela dão o nome de Nagual, a realidade a parte, o lado esquerdo, etc. Parte do trabalho de Dom Juan e seu grupo de guerreiros (brujos - xamãs) se focava no desenvolvimento da habilidade de alinhar e perceber tais emanações.”

Dito isso, é importante lembrarmos que em estados alterados de consciência, ou em autos níveis dentro do circuito da consciência (ver os oito circuitos da consciência de Timothy Leary), nós não apenas acessamos a ante sala desse mundo totalmente desconhecido, o Nagual, como temos acesso a emanações e vibrações energéticas totalmente desconhecidas, como ao Nagual propriamente dito, dentro desse paradigma. Dentro dos ensinamentos de Carlos Castañeda, nós podemos mudar esse foco de percepção para outros pontos, o que não é uma tarefa muito simples, mas que ao fazê-lo nós podemos esperar que uma enorme mudança se faça em nossas vidas. Coisa que já estamos carecas de saber que na medida em que temos experiências com os enteógenos é muito provável de que uma mudança, grande ou pequena, seja feita em nossa forma de ver o mundo, a vida, nós mesmos, as pessoas ao redor, etc. Porém, há algo que chama muito a atenção que é a necessidade de reorganizarmos nossa percepção e nos prepararmos para o recebimento dessas visões ou experiências, de modo que elas façam sentido para nós, ou do contrário isso será apenas uma visão do caos, completamente sem sentido, que mais confunde nossa mente do que traz algum desenvolvimento em si mesmo. O que talvez possa acontecer com muitos de nós que experimentam tais estados, como um sonho bom, ou nem tanto, que teve à noite, ou como uma maneira de fugir da realidade tendo divertidos estados alucinatórios, amando ou se deleitando com a loucura sem tirar nenhum proveito dela, ou simplesmente deixando de lado todo o potencial de transformação e cura que tais estados podem nos acometer.


O que acontece muitas vezes é que vemos o estado alterado e todas as visões daquela realidade como um simples “efeito” alucinatório, e não propriamente como algo real. A mesma coisa se dá com os nossos sonhos, que são importantes mensageiros de nosso real estado interno e que muitas vezes jogamos ao lado e dizemos: “foi só um sonho”. Quando invalidamos a nossa experiência, quando pensamos algo como “bem, isso foi só um efeito” ou “isso é só um sonho”, nós retiramos todo o valor e peso espiritual que aquela experiência tem e a vemos como um simples entretenimento. E ao mesmo tempo em que a experiência tem em si um grande peso espiritual, ela também não pode ser levada com muita seriedade, a pessoa tem de ser fluida e leve para poder receber todo o material instrutivo e transformador da experiência, aprender a fazer um movimento constante e sucessivo entre apego e desapego. Teoricamente isso pode soar muito confuso, mas para aqueles que já estão acostumados com práticas meditativas, yoga, estados alterados de consciência, transe ou qualquer tipo de trabalho espiritual, esse movimento, essa leveza e manejamento da própria percepção e do valor intrínseco de experiências extra-sensoriais ou extraordinárias, não causam nenhum tipo de obsessão ou qualquer transtorno indesejável, tampouco é apenas uma questão de diversão e entretenimento, tendo assim a habilidade de retirar o que lhe é útil e aguardar o momento certo de se estar pronto para compreender todo o processo ou aquilo que acabou passando despercebido. Como meu amigo muito sabiamente me disse: “Se uma pessoa está precisando alterar seu estado de consciência para se divertir, então tem algo de muito errado aí!

Todos nós somos livres para fazer o que bem entendemos, Stanislav Grof defende que até o vício em alguma substância leva a pessoa para uma emergência espiritual, embora eu penso que podemos pegar outro atalho, ao invés do fundo do poço que as drogas levam um adicto, para nos desenvolvermos como ser. Nós podemos nos conscientizar do poder exercido pelas plantas e termos mais responsabilidade, não somente com o seu uso, mas com todos ao redor. Devemos observar que a partir do momento em que estamos em estado alterado ou extático, nós estamos abrindo nossa consciência e percepção não apenas para um “sonho”, mas para um mundo vívido e real, ou vários novos mundos, que nos levarão encontrar não apenas as respostas que precisamos, mas o verdadeiro rio da criatividade, as resoluções necessárias, as mudanças requeridas, a cura para nosso espírito, o contato com os deuses, com a vida, com a natureza em si mesma. Podemos nos manter abertos e conscientes, prontos para aquilo que está por vir, para o aprendizado que invariavelmente receberemos. Por isso enfoco tanto em nossa responsabilidade e abertura para experimentar não apenas o que nós já conhecemos, mas também para nos deixarmos nutrir e perceber o desconhecido, para nos sintonizarmos e realmente fazermos algo de útil para com nós mesmos e com o mundo.


“O poder está no tipo de conhecimento que se tem. De que adianta saber coisas inúteis? Elas não vão nos preparar para o encontro inevitável com o desconhecido” – Carlos Castañeda.

São Paulo: Sessão Solene em homenagem ao cinquentenário da União do Vegetal


Mestre Geral Representante da UDV e o presidente do Centro estiveram presentes na Sessão Solene / Foto: Ivanir de Oliveira
Ocorreu no dia 10 de outubro, às 20 horas, na Asssembleia Legislativa do Estado de São Paulo, sessão solene em homenagem ao cinquentenário do Centro Espírita Beneficente União do Vegetal, UDV.


A Sessão foi proposta pelo Deputado Gerson Bittencourt – PT – SP – e, dentre outras autoridades, contou com a presença do Vereador “Zelão – PT – SP”, que prestigiou a solenidade. “Zelão” propos igual homenagem à UDV na Câmara dos Vereadores da Cidade de São Paulo.


Representando a UDV, falando em nome dela e recebendo a homenagem, estiveram presentes o Mestre Geral Representante Francisco Herculano de Oliveira; o Presidente da Diretoria Geral, mestre Flávio Mesquita da Silva; o Mestre Central da Terceira Região, Victor Luiz de Figueiredo Martins, que descreveu um pouco da evolução da UDV na terceira região:

A história da UDV na nossa Região teve início com a criação do Núcleo Samaúma, em 1972, quando havia apenas a Sede Geral, em Porto Velho, e o Núcleo Caupuri, em Manaus. Ainda não se passara um ano do desencarnamento de Mestre Gabriel (24/09/1971) e já começava a se cumprir a sua palavra a respeito da expansão da União do Vegetal, no Brasil e no exterior.
Com a fundação do Núcleo Samaúma também se criou a Região Sul, sendo o Mestre Raimundo Pereira da Paixão designado como Mestre Central. Posteriormente, com o surgimento de Núcleos em outros pontos do Brasil, houve a necessidade tanto da criação de novas Regiões como a sua reorganização, quando então recebemos a designação de Terceira Região.
Até 1996, além de M. Paixão, ocuparam o lugar de Mestre Central, sucessivamente, os Mestres Luiz Felipe Belmonte dos Santos, Clóvis Cavalieri Rodrigues de Carvalho e Deivanir Alves Medeiros. Em 1997, quando a Terceira Região cobria uma extensa área do país, que abrangia de Campo Grande (MS) a Porto Alegre (RS), fez-se necessário o seu desmembramento, com o agrupamento de alguns núcleos naquela que passou a ser a Nona Região. Esta se compôs de quatro Núcleos (Lupunamanta, Rainha das Águas, Alto das Cordilheiras e Rei Davi) e teve como Mestres Centrais os Mestres Reinaldo Osmar Pereira e Genis Garcia Pereira Júnior.
Em 1998 foi feita nova reorganização: estes quatro núcleos voltaram a integrar-se à Terceira Região, então sob a administração do Mestre Fábio Angelino Fortunato, e os núcleos dos estados do Sul do país (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), que até então eram da Terceira Região, passaram a compor a nova 9ª Região.
Mestre Fábio, exerceu o cargo de Mestre Central da Terceira Região de 1997 a 2003, quando foi sucedido pelo Mestre João Luiz Cotta Neto que, em 2009, foi sucedido por mim, atual Mestre Central.
Hoje a 3ª Região da UDV conta com mais de 1.400 sócios, distribuídos em 14 Núcleos. Núcleo Samaúma, em Araçariguama/SP; em Campinas os Núcleos Lupunamanta, Alto das Cordilheiras e Princesa Encantada; em Caldas/MG o Núcleo Rainha das Águas; Em Mairiporã/SP os Núcleos São João Batista, Rei Divino e Menino Galante; em Arujá o Núcleo Castanheira; em Mogi das Cruzes o Núcleo Rei Davi; em Itapecerica da Serra o Núcleo Divino Manto; o Núcleo Estrela Encantadora em Piracicaba/SP; O Núcleo Grande Ventura em Jarinu/SP, e o Núcleo Estrela Bonita em Bertioga/SP.


A Conselheira Ilka Boin, também componente da mesa representativa, explanou a respeito das ações da UDV na preservação da natureza, fundamentalmente pela Assoc. Novo Encanto de Desenvolvimento Ecológico e, das ações beneficentes em prol do ser humano, da população residente em regiões próximas aos núcleos, realizadas pela UBEM em Campinas e pela Lar Sama em Araçariguama


A presença significativa dos filiados e familiares foi destaque no evento, confirmando e retribuindo o reconhecimento público a esta Religião que traz consciência e religa seus seguidores a Luz, à Paz e ao Amor, seu símbolo maior.


O Canal de TV da Câmara, exibirá a íntegra da gravação da Sessão no próximo dia 15, sábado, dia do Mestre, às 21 horas. A sintonia também poderá ser feita no canal 66 da TVA, 07 (digital) ou 13 da Net, ou ainda no canal da própria Alesp via Net no endereço: http://wwi.al.sp.gov.br/web/altv/alesp.asx

Sorvete de Maconha chega ao Brasil

A matéria é ruim, fala absurdos como considerar a maconha "alucinógena", além de falar coisas do tipo "viciados" em cannabis. Entretanto, a notícia vale a pena. Será que a nova moda pega?

Fonte: Mania do Saber

Parece que agora vamos ter uma novidade no mercado de sorvetes e esse novo sabor é um daqueles que vai causar muita repercussão. É o sorvete de maconha que foi liberado no Brasil.

sorvete maconha Sorvete de Maconha liberado no Brasil

A idéia de lançar o sorvete de maconha vem com dois principais objetivos: O primeiro é tentar diminuir o preconceito sobre a planta de maconha que pode e é usada no tratamento de diversas doenças, como por exemplo o câncer.

 E o segundo objetivo é a questão de ajudar os viciados em maconha a superar a abstinencia, teoricamente com o sorvete de maconha os viciados poderão aliviar o seu nervosismo e a vontade de consumir a droga através do sorvete de maconha.

As mães, pais e os mais conservadores podem ficar tranquilos pois o sorvete de maconha que foi liberado no Brasil não contem o principio ativo da maconha, o THC (Tetraidrocanabinol), substancia responsável por causar os efeitos alucinógenos e psicotrópicos da droga.

 Em outras palavras o sorvete não causer nenhum dos males que a maconha causa, vai ser apenas um sorvete normal como qualquer outro.

E pra quem gostou da idéia o sorvete de maconha está previsto para chegar no final do ano em estabelecimentos que comercializam sorvete originalmente, como sorveterias, restaurantes, padarias e ele vai vir com algumas versões para melhorar o sabor e agradar todos os gostos. Algumas das versões serão com pedaços de chocolates, menta e pistache.

Parece que o novo sabor anda vai dar o que falar aqui no Brasil, mas agora só nos resta esperar a chegada dele para vermos qual o tamanho da polemica.

 E você o que acha do novo sorvete de maconha?