por Fernando Beserra
Fonte: Hempadão
Fernando Beserra: Baby, como foi que você conheceu os enteógenos?
Chaos Baby: Com um grupo de magistas do caos que eu fiz parte por muito tempo a alguns anos atrás.
Eu já tinha lido em alguns livros a respeito de conhecimentos espirituais adquiridos por meio do uso de psicoativos, mas meu interesse na verdade aumentou quando eu pude obter minha primeira experiência e viver algo que eu jamais poderia ter vivido, ou experimentar o mundo de uma forma que eu jamais experimentaria se não tivesse experimentado um enteógeno antes. E sincronicidade ou não, minha primeira experiência foi com a Ipomoea violacea, ou Morning Glory se preferir. Embora a leitura do assunto sempre fosse muito agradável (sempre gostei muito de Timothy Leary e Carlos
Castañeda, entre outros) meu interesse aumentou verdadeiramente quando realmente passei a experimentar os enteógenos e viver por mim mesma a experiência. Depois de uma experiência profunda foi que retomei os velhos livros e compreendi mais profundamente o que os autores estavam querendo me passar, até então, eu simplesmente lia e entendia tudo num nível muito teórico, o que é insuficiente no campo do conhecimento, as palavras são muito debilitadas e embora tentamos descrever o que uma coisa é, somente quando experimentamos é que podemos mesmo entender o que tal coisa é. Um exemplo para o que eu quero dizer, é que eu posso tentar descrever o que é uma maçã, sua forma, sua cor, seu suco adocicado e dizer que é agradável demais comer uma maçã, mas alguém só saberá o que é a experiência de se comer uma maçã no dia em que comer uma, até então o máximo que pode ocorrer é que a pessoa saiba que existe algo como uma maçã e que proporciona um sabor adocicado ao paladar.
FB: Você acha que eles contribuem de alguma forma para sua vida? Como?
FB: Alguma mensagem para os leitores?
CB: Jamais permita que te neguem o direito de ser o que se é, de viver como se vive, de se acreditar no que se acredita. Cada um de nós é uma expressão da vida como um todo e somos perfeitos por isso. Dizer que estamos errados ou acreditar que somos inadequados, é dizer que o universo em sua perfeição errou em uma de suas obras.
0 comentários:
Postar um comentário