Essa vídeo é bem interessante, embora eu não esteja totalmente de acordo com o posicionamento dos palestrantes, que o entrevistador tenta levar, todo o tempo, nem que pela via da saúde, aos pontos de vista reacionários e controladores, é certo que eles admitem uma posição progressista e pró revisão da atual política de drogas.
Infelizmente os debates na Rede Globo tem acontecido desta forma, com o entrevistador atacando todo o tempo e sistematicamente os entrevistados.
Apesar disso, o vídeo vale a pena, inclusive para notarmos este ponto de vista claramente direitista e como ele é utilizado pelo entrevistador.
Não vejo este modelo como negativo. Para o senso comum, o jornalista tem menos peso argumentativo e mais mediativo e fixa-se a supremacia dos especialistas - um característica muito particular do jornalismo ocidental.
O modelo estaria desigual se fosse um contra e um a favor. Eram dois especialistas a favor e o entrevistado rebatendo com argumentos que o telespectador em casa poderia criar - esta é a genialidade da entrevista...
Creio que foram escolhidos dois especialistas a favor para firmar uma crítica ao discurso de posse da situação.
É uma boa visão, mas, por outro lado, acho que podemos ver de outro modo também. Por exemplo, é muito claro para mim que, quando se fala da Holanda e dos coffe shops os apresentadores são indicados a expressarem uma visão negativa. Me lembro da Fatima Bernardes falando sobre o tema e fazendo um discreto "não" com a cabeça, numa sutileza que outras redes de TV não tem.
Podemos até considerar que o jornalista tenha repetido aquele modelo de entrevista utilizado com os presidenciaveis, mas tenho minhas dúvidas sobre as intenções sobre o tema. Me parece que, na Globo, existem divergências, mas o modelo proibicionista ainda é o predominante.
A jogada de falar sobre o "The economist" pelos entrevistados foi boa, já que agrega o público liberal e neoliberal, típico da Rede em questão. Por outro lado, a crítica dos participantes é bastante limitada, embora claramente progressista, estando bastante além do atual fracassado modelo.
2 comentários:
Não vejo este modelo como negativo. Para o senso comum, o jornalista tem menos peso argumentativo e mais mediativo e fixa-se a supremacia dos especialistas - um característica muito particular do jornalismo ocidental.
O modelo estaria desigual se fosse um contra e um a favor. Eram dois especialistas a favor e o entrevistado rebatendo com argumentos que o telespectador em casa poderia criar - esta é a genialidade da entrevista...
Creio que foram escolhidos dois especialistas a favor para firmar uma crítica ao discurso de posse da situação.
Abraço!
Rs
É uma boa visão, mas, por outro lado, acho que podemos ver de outro modo também. Por exemplo, é muito claro para mim que, quando se fala da Holanda e dos coffe shops os apresentadores são indicados a expressarem uma visão negativa. Me lembro da Fatima Bernardes falando sobre o tema e fazendo um discreto "não" com a cabeça, numa sutileza que outras redes de TV não tem.
Podemos até considerar que o jornalista tenha repetido aquele modelo de entrevista utilizado com os presidenciaveis, mas tenho minhas dúvidas sobre as intenções sobre o tema. Me parece que, na Globo, existem divergências, mas o modelo proibicionista ainda é o predominante.
A jogada de falar sobre o "The economist" pelos entrevistados foi boa, já que agrega o público liberal e neoliberal, típico da Rede em questão. Por outro lado, a crítica dos participantes é bastante limitada, embora claramente progressista, estando bastante além do atual fracassado modelo.
Abraço
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