por Fernando Beserra
Fonte: Hempadão
Dia 07 de maio acontecerão as Marchas da Maconha em Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Vitória. Vitória dos guerreiros: sejam ou não maconheiros. Pois, na liberdade da Marcha, a Marcha da liberdade nos traz democracia, esta veementemente vedada na proibição do movimento da legalização. Nossa tão amável senhorita, liberdade, agoniza quando vê seus partidários presos numa panfletagem na Lapa.
Os proibicionistas quase gozam ao ver uma Marcha proibida. Seguindo a visão do criador da “orgonoterapia”, Wilhelm Reich, deve ser porque não gozam em outros locais! Pois que, se não afirmam a vida, se não dizem “SIM” à vida, só poderão agir por atos reativos, cheios das magoas encouraçadas. A energia paralisa no “corpo morto” diante da experiência austera da educação moralista e autoritária. Escuta Zé-ninguém! Já passou a hora de cair a máscara por trás deste “sorriso social”. “Desde que governam o mundo, do que sua política se alimentou? Da carnificina e do assassinato!”[1]
Mas a alma da Macha da Maconha é de outra monta! Alegria, ativismo, liberdade, diversão, transformação. Mas, quando o sol nasce, o inusitado: ao invés de acharmos maconha até em pé de tomate, são aviões que decolam para proclamar o inaudito: MARCHA DA MACONHA – IPANEMA – 7 de MAIO! É dos céus que passa o avião trazendo o convite e a esperança. Na praia, assim como na Marcha, pais, mães, estudantes, trabalhadores, ativistas, sonhadores, e tantos outros esperam e agem na expectativa de que seja superada a irracionalidade da lei 11.343, que ainda permite que usuários sejam confundidos com “traficantes”, ao não regulamentar o auto-cultivo da erva, ao não especificar quantidades de posse que classifiquem alguém como “usuário”. Finalmente, o entorpecimento da razão é tamanho que não percebemos que a proibição é a total perda de controle do consumo, comércio e produção de substâncias psicoativas.
A “Santa Erva” sofre em mãos antidemocráticas!
Portanto, conclamo aqui, psiconautas do mundo: uni-vos. É preciso re-tomar em nossas mãos o projeto learyano da IFIF – Fundação Internacional pela Liberdade Interior, o direito fundamental de qualquer democracia – o direito de alterar seu próprio sistema nervoso. O direito fundamental de, como cidadãos, não sofrermos preconceitos ou agressões, de civis ou militares, por uma conduta privada e que só diz respeito, portanto, a seus próprios artífices!
Psiconautas do mundo: nos vemos na Marcha da Maconha!!
[1] - Charles de Coster – Epigrafe de “Escuta Zé Ninguém” de Wilhelm Reich.
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