Fonte: Hempadão
por Fernando Beserra
“Um bêbado nunca se tornará sábio, mesmo depois de cem garrafas de vinho, mas um homem sábio ficará intoxicado com um copo de água.”
Neste texto, Bey, ou Wilson, contrasta de forma radical o período onde surge a agricultura, no qual muitos identificam o início do uso dos enteógenos, e o período onde predominava a atividade de caça e coleta. Para Wilson, o uso de enteógenos já ocorria na sociedade coletora/caçadora de modo bastante diferenciado, isto é, com usos mais individualizados e com a sabedoria das alterações da consciência incorporadas ao invés da ritualização e divinação das plantas de poder nas sociedades agrárias. Por esse motivo, o texto de Bey, embora polêmico, se torna importante como abertura da discussão, e de uma discussão importante de ser colocada: “Qual a importância dos enteógenos para a criação da consciência?” (também pensado pelos Mckenna, Gordon Wasson, dentre outros), “Havia uso de enteógenos há mais de 12.000 anos atrás?”.
Após uma enorme ronda pela história dos “psicodélicos”, Wilson entra na polêmica do estudo do conhecimento (“epistemologia”) para abandonar o desprendimento do corpo no ideal gnóstico de “cyberespaço” (ideário que valorizaria mais que tudo um mundo da “internet” contra o mundo do corpo e da vida fora da rede) para elogiar o “neuroespaço” (os espaços neurais em suas relações com consumos de diferentes químicas, “naturais” ou “sintéticas”) como forma de re-conexão entre corpo e mente ou, finalmente, pensar na possibilidade de um confronto com a atual “Ordem Mundial” estupidificante, através da conexão entre química contemporânea e enteogenia.
Mas, deixemos a preguiça de lado, e vamos ao texto completo do cara AQUI!
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